segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Seres estranhos
Não sei verdadeiramente o que chamar ao ser estranho que conheci ontem num hospital. Um homem que, tipo coruja, ronda as famílias das pessoas muito, muito doentes. Que entra na morgue. Que conhece as funerárias. Que está à espera que alguém morra para servir de angariador entre as familias em desespero e as empresas funerárias. Imagino eu que esse ser estranho ganhe à comissão: quantos mais funerais, mais dinheiro. Esse ser escroque, que se aproveita da absoluta fragilidade em que as famílias se encontram, dá condolências, oferece ajuda para tratar com a funerária, diz que trata de tudo....
Que nojo. Que raiva que me faz esta gente que se aproveita da miséria alheia! E diz que faz o que faz por ser 'um bom samaritano' e que não faz mais do que 'ajudar as pessoas'. Fuck you men.
Que nojo. Que raiva que me faz esta gente que se aproveita da miséria alheia! E diz que faz o que faz por ser 'um bom samaritano' e que não faz mais do que 'ajudar as pessoas'. Fuck you men.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Eu e a arte
Esta tarde, em Braga.
Eu: Que raio de escultura está ali no meio do jardim ! Três ovos....
Amiga: Ovos??? Não vês que é um presépio?
Eu: Que raio de escultura está ali no meio do jardim ! Três ovos....
Amiga: Ovos??? Não vês que é um presépio?
domingo, 22 de novembro de 2009
Hospitalês
Uma gaja vai ao hospital e sai de lá professora dótora em 'hospitalês'.
Um senhora estava a queixar-se de dores muito fortes no, passo a citar, "canal do gozo". E o mais estranho de tudo é que a médica, brasileira, sabia o que era essa canal...
Um senhora estava a queixar-se de dores muito fortes no, passo a citar, "canal do gozo". E o mais estranho de tudo é que a médica, brasileira, sabia o que era essa canal...
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Como abrir um carro sem chave ou como ensinei um engenheiro da UM a arrombar um carro
Para que conste, a culpa disto tudo é do meu sócio. Uma gaja casa é para alguma coisa, certo? Certo. A feminilidade de uma gaja não fica beliscada com o facto de ser sempre o marido a fazer revisões ao carro, meter gasóleo e essas coisas terrenas.
Pois, uma noite, acabo uma formação e descobri que tinha fechado o jipe com a chave lá dentro. Telefono para o meu sócio que acorda mal disposto. Rebeubeu, lá lhe expliquei a situação, que precisava que ele me fosse buscar, que não tinha chave e não sei que mais. Debalde. Mandou-me pedir ajuda a uma espécie de bairro do Cerco lá do sitio que, por certo, não faltaria quem soubesse arrombar carros. Foi o que fiz. Paguei cinco euros a um adolescente e aprendi a abrir portas de carros.
Já ajudei algumas amigas, como eu vítimas das p....das chaves que insistem em ficar dentro do automóvel, e ensinei algumas a levantar a borrachinha do vidro, enfiar uma faca comprida, ou um arame, ou um fio de electricidade, ou outra coisa qualquer, a 'empurrar' o sistema de travagem da porta e a forçar a sua abertura.
Basicamente, acho que estou perita em arrombar portas.
Ontem, no parque da estacionamento da universidade do minho, brilhei. Unhas pintadas, fatiota à maneira, sapatinho de salto, mala a condizer e um ligeiro baton, davam-me, no mínimo, um ar sério e respeitável.
Um professor doutor da universidade estava fechado fora do carro. Azar. Rodeado de funcionários da UM, de seguranças e de curiosos, todos davam palpites sobre como abrir a porta sem usar a chave que estava, maravilhosamente, pousada no banco da frente.
"Quer ajuda", perguntei. Que não, que não havia necessidade. Que já havia homens a resolver o assunto. Que foi um azar. Que aquilo não era um trabalho para uma senhora (eu!) fazer, mas que sim, muito obrigado pelo apoio.
"Eu sei arrombar carros", disse alto.
"Mas não é jornalista", perguntou um conhecido. "Sim, sou. Mas sei arrombar carros", rematei.
Mandei arredar os homens e pedi que me trouxessem uma faca do bar.
Com ar de mestre, levantei a borracha colocada junto à janela do condutor, na folga que ficou, meti a faca de cortar o pão, com todo o cuidado. Encostei a orelha ao vidro, esperei pelo clique do fecho a abrir e, voilá, porta aberta.
Pois, apesar dos muitos pedidos não ensinei ninguém a fazer o trabalho. Bem feito. Que aprendam sozinhos. E, daqui a mais ou menos 50 anos, quando abandonar o jornalismo, não vou para nenhuma assesssoria. Vou arrombar carros.
Pois, uma noite, acabo uma formação e descobri que tinha fechado o jipe com a chave lá dentro. Telefono para o meu sócio que acorda mal disposto. Rebeubeu, lá lhe expliquei a situação, que precisava que ele me fosse buscar, que não tinha chave e não sei que mais. Debalde. Mandou-me pedir ajuda a uma espécie de bairro do Cerco lá do sitio que, por certo, não faltaria quem soubesse arrombar carros. Foi o que fiz. Paguei cinco euros a um adolescente e aprendi a abrir portas de carros.
Já ajudei algumas amigas, como eu vítimas das p....das chaves que insistem em ficar dentro do automóvel, e ensinei algumas a levantar a borrachinha do vidro, enfiar uma faca comprida, ou um arame, ou um fio de electricidade, ou outra coisa qualquer, a 'empurrar' o sistema de travagem da porta e a forçar a sua abertura.
Basicamente, acho que estou perita em arrombar portas.
Ontem, no parque da estacionamento da universidade do minho, brilhei. Unhas pintadas, fatiota à maneira, sapatinho de salto, mala a condizer e um ligeiro baton, davam-me, no mínimo, um ar sério e respeitável.
Um professor doutor da universidade estava fechado fora do carro. Azar. Rodeado de funcionários da UM, de seguranças e de curiosos, todos davam palpites sobre como abrir a porta sem usar a chave que estava, maravilhosamente, pousada no banco da frente.
"Quer ajuda", perguntei. Que não, que não havia necessidade. Que já havia homens a resolver o assunto. Que foi um azar. Que aquilo não era um trabalho para uma senhora (eu!) fazer, mas que sim, muito obrigado pelo apoio.
"Eu sei arrombar carros", disse alto.
"Mas não é jornalista", perguntou um conhecido. "Sim, sou. Mas sei arrombar carros", rematei.
Mandei arredar os homens e pedi que me trouxessem uma faca do bar.
Com ar de mestre, levantei a borracha colocada junto à janela do condutor, na folga que ficou, meti a faca de cortar o pão, com todo o cuidado. Encostei a orelha ao vidro, esperei pelo clique do fecho a abrir e, voilá, porta aberta.
Pois, apesar dos muitos pedidos não ensinei ninguém a fazer o trabalho. Bem feito. Que aprendam sozinhos. E, daqui a mais ou menos 50 anos, quando abandonar o jornalismo, não vou para nenhuma assesssoria. Vou arrombar carros.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
hehehehe
História que me contaram esta manhã:
"Duas idosos encontram-se no fim da missa.
-Ó Rosa tu já viste que tens um supositório metido no ouvido?!?
-A sério, Deolinda? Obrigado. Agora já sei onde está o meu aparelho auditivo".
"Duas idosos encontram-se no fim da missa.
-Ó Rosa tu já viste que tens um supositório metido no ouvido?!?
-A sério, Deolinda? Obrigado. Agora já sei onde está o meu aparelho auditivo".
domingo, 1 de novembro de 2009
Sophia
Como diz a descendente mais velha, "a mãe do Miguel Sousa Tavares escreve coisas muito bonitas"...
"De facto, para conquistar todo o sucesso e todos os gloriosos bens que possui, Mónica teve que renunciar a três coisas: à poesia, ao amor e à santidade. A poesia é oferecida a cada pessoa só uma vez e o efeito da negação é irreversível. O amor é oferecido raramente e aquele que o nega algumas vezes depois não o encontra mais. Mas a santidade é oferecida a cada pessoa de novo cada dia, e por isso aqueles que renunciam à santidade são obrigados a repetir a negação todos os dias".
Sophia de Mello Breyner Andersern, O retrato de Mónica, in Contos Exemplares
"De facto, para conquistar todo o sucesso e todos os gloriosos bens que possui, Mónica teve que renunciar a três coisas: à poesia, ao amor e à santidade. A poesia é oferecida a cada pessoa só uma vez e o efeito da negação é irreversível. O amor é oferecido raramente e aquele que o nega algumas vezes depois não o encontra mais. Mas a santidade é oferecida a cada pessoa de novo cada dia, e por isso aqueles que renunciam à santidade são obrigados a repetir a negação todos os dias".
Sophia de Mello Breyner Andersern, O retrato de Mónica, in Contos Exemplares
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Dizei-me
Esposas, companheiras, namoradas, amigas, amantes deste país: Já alguma vez o vosso esposo, companheiro, namorado, amigo ou amante ficou preso, ele e o carro, dentro de um parque de estacionamento?
Dizei-me...
Dizei-me...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
O importante e o resto
Esta manhã, no café, meti conversa com uma vizinha.
Então, D. Laurinda, ouvi ontem o Presidente da República a falar?
Ouvi, ouvi. Que cortinados lindos que ele tem no Palácio de Belém, não acha???
Então, D. Laurinda, ouvi ontem o Presidente da República a falar?
Ouvi, ouvi. Que cortinados lindos que ele tem no Palácio de Belém, não acha???
Educação
A Minha Mãe ensinou-me a VALORIZAR O SORRISO...
'RESPONDE-ME DE NOVO E LEVAS NOS DENTES!'
A Minha Mãe ensinou-me a RECTIDÃO...
'EU ENDIREITO-TE NEM QUE SEJA PRECISO UMA CARGA DE PORRADA!
A Minha Mãe ensinou-me a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS...
'SE TU E O TEU IRMÃO SE QUEREM MATAR, VÃO PARA A RUA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!'
A Minha Mãe ensinou-me LÓGICA E HIERARQUIA...
'PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?!'
A Minha Mãe ensinou-me o que é MOTIVAÇÃO...
'CONTINUA A CHORAR QUE EU VOU DAR-TE UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA CHORAR!'
A Minha Mãe ensinou-me a CONTRADIÇÃO...
'FECHA A BOCA E COME!'
A Minha Mãe ensinou-me sobre ANTECIPAÇÃO...
'ESPERA SÓ ATÉ O TEU PAI CHEGAR A CASA!'
A Minha Mãe ensinou-me sobre PACIÊNCIA...
'CALMA!... QUANDO CHEGARMOS A CASA VAIS VER...'
A Minha Mãe ensinou-me a ENFRENTAR OS DESAFIOS...
'OLHA PARA MIM! E RESPONDE QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!'
A Minha Mãe ensinou-me sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...
'SE CAIRES DESSA ÁRVORE VAIS PARTIR O PESCOÇO E EU AINDA TE DOU UMA SOVA!'
A Minha Mãe ensinou-me MEDICINA...
'DEIXA DE REVIRAR OS OLHOS MENINO! PODES APANHAR UMA CORRENTE DE AR QUE TE VAI DEIXAR VESGO PARA TODA A VIDA.'
A Minha Mãe ensinou-me sobre o REINO ANIMAL...
'SE NÃO COMERES ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA TUA BARRIGA VÃO COMER-TE A TI!'
A Minha Mãe ensinou-me GENÉTICA...
'ÉS IGUALZINHO AO TEU PAI!'
A Minha Mãe ensinou-me acerca das minhas RAÍZES...
'JULGAS QUE NASCESTE NUMA FAMÍLIA RICA, É?'
A Minha Mãe ensinou-me sobre a SABEDORIA DE IDADE...'
QUANDO TU TIVERES A MINHA IDADE, VAIS ENTENDER, MAS JÁ SERÁ TARDE DEMAIS..'
A Minha Mãe ensinou-me sobre JUSTIÇA...
'UM DIA TERÁS FILHOS, E ELES VÃO FAZER CONTIGO O MESMO QUE TU FAZES COMIGO! AÍ VAIS VER O QUE É BOM!'
A Minha Mãe ensinou-me RELIGIÃO...
'REZA PARA QUE ESSA MANCHA SAIA DO TAPETE!'
A Minha Mãe ensinou-me o BEIJO DE ESQUIMÓ...
'SE VOLTAS A ESCREVER AÍ DE NOVO, EU ESFREGO O TEU NARIZ CONTRA ESSA PAREDE!'
A Minha Mãe ensinou-me CONTORCIONISMO...
'OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!'
A Minha Mãe ensinou-me DETERMINAÇÃO...
'VAIS FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMERES A COMIDA QUE TENS NO PRATO!'
A Minha Mãe ensinou-me habilidades como VENTRÍLOQUO...
'NÃO RESMUNGUES! CALA ESSA BOCA E DIZ-ME POR QUE É QUE FIZESTE ISSO?'
Minha Mãe ensinou-me a SER OBJECTIVO...
'EU CORRIJO-TE DE UMA SÓ VEZ!'
A Minha Mãe ensinou-me a ESCUTAR ...
'SE NÃO BAIXAS O VOLUME, EU VOU AÍ E PARTO ESSE RÁDIO!'
A Minha Mãe ensinou-me a TER GOSTO PELOS ESTUDOS...
'SE EU FOR AÍ E NÃO TIVERES TERMINADO A LIÇÃO, VAIS VER O QUE É BOM!'
A Minha Mãe ensinou-me a COORDENAÇÃO MOTORA...
'AGORA ARRUMA TODOS OS BRINQUEDOS! APANHA UM POR UM!'
A Minha Mãe ensinou-me os NÚMEROS...
'VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER AINDA LEVAS UMA SOVA!'
'RESPONDE-ME DE NOVO E LEVAS NOS DENTES!'
A Minha Mãe ensinou-me a RECTIDÃO...
'EU ENDIREITO-TE NEM QUE SEJA PRECISO UMA CARGA DE PORRADA!
A Minha Mãe ensinou-me a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS...
'SE TU E O TEU IRMÃO SE QUEREM MATAR, VÃO PARA A RUA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!'
A Minha Mãe ensinou-me LÓGICA E HIERARQUIA...
'PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?!'
A Minha Mãe ensinou-me o que é MOTIVAÇÃO...
'CONTINUA A CHORAR QUE EU VOU DAR-TE UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA CHORAR!'
A Minha Mãe ensinou-me a CONTRADIÇÃO...
'FECHA A BOCA E COME!'
A Minha Mãe ensinou-me sobre ANTECIPAÇÃO...
'ESPERA SÓ ATÉ O TEU PAI CHEGAR A CASA!'
A Minha Mãe ensinou-me sobre PACIÊNCIA...
'CALMA!... QUANDO CHEGARMOS A CASA VAIS VER...'
A Minha Mãe ensinou-me a ENFRENTAR OS DESAFIOS...
'OLHA PARA MIM! E RESPONDE QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!'
A Minha Mãe ensinou-me sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...
'SE CAIRES DESSA ÁRVORE VAIS PARTIR O PESCOÇO E EU AINDA TE DOU UMA SOVA!'
A Minha Mãe ensinou-me MEDICINA...
'DEIXA DE REVIRAR OS OLHOS MENINO! PODES APANHAR UMA CORRENTE DE AR QUE TE VAI DEIXAR VESGO PARA TODA A VIDA.'
A Minha Mãe ensinou-me sobre o REINO ANIMAL...
'SE NÃO COMERES ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA TUA BARRIGA VÃO COMER-TE A TI!'
A Minha Mãe ensinou-me GENÉTICA...
'ÉS IGUALZINHO AO TEU PAI!'
A Minha Mãe ensinou-me acerca das minhas RAÍZES...
'JULGAS QUE NASCESTE NUMA FAMÍLIA RICA, É?'
A Minha Mãe ensinou-me sobre a SABEDORIA DE IDADE...'
QUANDO TU TIVERES A MINHA IDADE, VAIS ENTENDER, MAS JÁ SERÁ TARDE DEMAIS..'
A Minha Mãe ensinou-me sobre JUSTIÇA...
'UM DIA TERÁS FILHOS, E ELES VÃO FAZER CONTIGO O MESMO QUE TU FAZES COMIGO! AÍ VAIS VER O QUE É BOM!'
A Minha Mãe ensinou-me RELIGIÃO...
'REZA PARA QUE ESSA MANCHA SAIA DO TAPETE!'
A Minha Mãe ensinou-me o BEIJO DE ESQUIMÓ...
'SE VOLTAS A ESCREVER AÍ DE NOVO, EU ESFREGO O TEU NARIZ CONTRA ESSA PAREDE!'
A Minha Mãe ensinou-me CONTORCIONISMO...
'OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!'
A Minha Mãe ensinou-me DETERMINAÇÃO...
'VAIS FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMERES A COMIDA QUE TENS NO PRATO!'
A Minha Mãe ensinou-me habilidades como VENTRÍLOQUO...
'NÃO RESMUNGUES! CALA ESSA BOCA E DIZ-ME POR QUE É QUE FIZESTE ISSO?'
Minha Mãe ensinou-me a SER OBJECTIVO...
'EU CORRIJO-TE DE UMA SÓ VEZ!'
A Minha Mãe ensinou-me a ESCUTAR ...
'SE NÃO BAIXAS O VOLUME, EU VOU AÍ E PARTO ESSE RÁDIO!'
A Minha Mãe ensinou-me a TER GOSTO PELOS ESTUDOS...
'SE EU FOR AÍ E NÃO TIVERES TERMINADO A LIÇÃO, VAIS VER O QUE É BOM!'
A Minha Mãe ensinou-me a COORDENAÇÃO MOTORA...
'AGORA ARRUMA TODOS OS BRINQUEDOS! APANHA UM POR UM!'
A Minha Mãe ensinou-me os NÚMEROS...
'VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER AINDA LEVAS UMA SOVA!'
sábado, 26 de setembro de 2009
Carta de S. Tiago
Esta é uma leitura da missa de hoje. Não vos parece excelente para o dia de eleições???
"E agora vós, ó ricos, chorai em altos gritos por causa das desgraças que virão sobre vós. As vossas riquezas estão podres e as vossas vestes comidas pela traça. O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem servirá de testemunho contra vós e devorará a vossa carne como o fogo. Entesourastes, afinal, para os vossos últimos dias! Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo! Tendes vivido na terra, entregues ao luxo e aos prazeres, cevando assim os vossos apetites… para o dia da matança! Condenastes e destes a morte ao inocente, e Deus não vai opor-se? "
Carta de S. Tiago 5,1-6.
"E agora vós, ó ricos, chorai em altos gritos por causa das desgraças que virão sobre vós. As vossas riquezas estão podres e as vossas vestes comidas pela traça. O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem servirá de testemunho contra vós e devorará a vossa carne como o fogo. Entesourastes, afinal, para os vossos últimos dias! Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo! Tendes vivido na terra, entregues ao luxo e aos prazeres, cevando assim os vossos apetites… para o dia da matança! Condenastes e destes a morte ao inocente, e Deus não vai opor-se? "
Carta de S. Tiago 5,1-6.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Os nossos jovens não são porcos, diz o BE
Ninguém me vai levar a mal, mas publico-na intrega-o melhor comunicado de impressa que alguma vez me chegou ás mãos.
"Os nossos jovens não são Porcos para serem transportados como tal.
Decorrida uma semana do início do ano lectivo, e uma vez retomados os horários escolares, verifica-se , na área urbana de Guimarães, uma grave situação a qual, além de ilegal, coloca em sérios riscos a segurança das crianças e jovens que recorre aos TUG. Desde o início do ano lectivo estes transportes urbanos de Guimarães, responsáveis pelo transporte de crianças, actua à margem da lei, pois, ao arrepio das diversas normas rodoviárias e de segurança infantil, desrespeitam os limites de ocupação dos seus autocarros, transportando de e para as escolas um número manifestamente superior de crianças do que a capacidade dos seus veículos. Isto tem ocorrido com a carreira que passa por S. Critovão de Selho via Pevidém, e que transportas os jovens para as escolas de Guimarães. Aliás, a situação é tão grave que algumas crianças chegam mesmo a viajar de pé junto ao pára-brisas dos veículos, correndo efectivos riscos de serem projectados dos mesmos em caso de acidente. Tal situação, por inaceitável, levou já a que muitos pais se recusassem a permitir que os seus filhos se deslocassem nestas condições, optando por os transportar para as escolas.
Ora, esta situação tem, necessariamente, de ser denunciada publicamente. Numa altura em que as regras de segurança no transporte infantil se tornaram mais rigorosas, é escandaloso verificar que a empresa à qual a Câmara Municipal concessionou este serviço público de transporte, as viole de forma tão descarada. É infame que esta Câmara use o dinheiro dos contribuintes para entregar a uma empresa que, nem tão pouco, se preocupa com a segurança das nossas crianças.
Naturalmente tudo tem uma explicação… a mesma de sempre – o lucro: mais pessoas e menos carreiras são iguais a mais lucro. As pessoas não se resumem a números. Por isso, se esta empresa não sabe ocupar o seu lugar e desempenhar as tarefas concessionadas, então é altura de abandonar a concessão! Qualquer entidade de bom senso já teria resolvido o contrato com esta empresa, no entanto, a nossa Câmara não acha que colocar em grave risco a segurança, integridade física e em última análise, a vida das nossas crianças seja motivo bastante para acabar com isto e assumir, directamente, os transportes urbanos de Guimarães como serviço público camarário.
Mas isto…não é nada de novo.
Alberto Fernandes"
"Os nossos jovens não são Porcos para serem transportados como tal.
Decorrida uma semana do início do ano lectivo, e uma vez retomados os horários escolares, verifica-se , na área urbana de Guimarães, uma grave situação a qual, além de ilegal, coloca em sérios riscos a segurança das crianças e jovens que recorre aos TUG. Desde o início do ano lectivo estes transportes urbanos de Guimarães, responsáveis pelo transporte de crianças, actua à margem da lei, pois, ao arrepio das diversas normas rodoviárias e de segurança infantil, desrespeitam os limites de ocupação dos seus autocarros, transportando de e para as escolas um número manifestamente superior de crianças do que a capacidade dos seus veículos. Isto tem ocorrido com a carreira que passa por S. Critovão de Selho via Pevidém, e que transportas os jovens para as escolas de Guimarães. Aliás, a situação é tão grave que algumas crianças chegam mesmo a viajar de pé junto ao pára-brisas dos veículos, correndo efectivos riscos de serem projectados dos mesmos em caso de acidente. Tal situação, por inaceitável, levou já a que muitos pais se recusassem a permitir que os seus filhos se deslocassem nestas condições, optando por os transportar para as escolas.
Ora, esta situação tem, necessariamente, de ser denunciada publicamente. Numa altura em que as regras de segurança no transporte infantil se tornaram mais rigorosas, é escandaloso verificar que a empresa à qual a Câmara Municipal concessionou este serviço público de transporte, as viole de forma tão descarada. É infame que esta Câmara use o dinheiro dos contribuintes para entregar a uma empresa que, nem tão pouco, se preocupa com a segurança das nossas crianças.
Naturalmente tudo tem uma explicação… a mesma de sempre – o lucro: mais pessoas e menos carreiras são iguais a mais lucro. As pessoas não se resumem a números. Por isso, se esta empresa não sabe ocupar o seu lugar e desempenhar as tarefas concessionadas, então é altura de abandonar a concessão! Qualquer entidade de bom senso já teria resolvido o contrato com esta empresa, no entanto, a nossa Câmara não acha que colocar em grave risco a segurança, integridade física e em última análise, a vida das nossas crianças seja motivo bastante para acabar com isto e assumir, directamente, os transportes urbanos de Guimarães como serviço público camarário.
Mas isto…não é nada de novo.
Alberto Fernandes"
sábado, 12 de setembro de 2009
Obrigados
Muito obrigado a todos os que contribuiram para este causa. Não procurem mais. O meu telémovel já foi encontrado, acomodado, entre os tomates e os iogurtes, dentro do frigorifico!
Medula
Sou, desde hoje, dadora de medula ossea.
Sinto-me uma pessoa melhor, tipo super-mulher, que pode salvar a vida de alguém.
Sinto-me uma pessoa melhor, tipo super-mulher, que pode salvar a vida de alguém.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Isto sim, é um embaraço
Estavamos em reportagem. Apresento ao meu colega, um premiado foto-jornalista, as cinco piedosas freiras com quem vamos trabalhar. Ele, simpático, cumprimenta-as todas e acrescenta: "Fo...sse, está cá um filho da pu.. de um calor!".
É a isto que se chama ter sentido de oportunidade...
É a isto que se chama ter sentido de oportunidade...
sábado, 5 de setembro de 2009
Futebol
Há muito tempo que não fazia isto, mas, esta noite, sentei-me junto ao meu sócio a ver o jogo Dinamarca / Portugal.
É claro que a coisa acabou mal. Para a selecção e para mim. Nos próximos cinco anos não posso assistir a jogos de futbeol na companhia do meu sócio.
E tudo, porque eu, com a mania das perguntas, queria saber algumas coisas tipo:
- De que côr jogava a selecção portuguesa?
-Porque é que o Nuno Gomes usa uma fita na testa?
-Como é que uma fita na testa impede o cabelo de cair em cima dos olhos?
-Porque é que a bola não entra na baliza da Dinamarca?
-Quantso portugueses jogam na selecção?
-
É claro que a coisa acabou mal. Para a selecção e para mim. Nos próximos cinco anos não posso assistir a jogos de futbeol na companhia do meu sócio.
E tudo, porque eu, com a mania das perguntas, queria saber algumas coisas tipo:
- De que côr jogava a selecção portuguesa?
-Porque é que o Nuno Gomes usa uma fita na testa?
-Como é que uma fita na testa impede o cabelo de cair em cima dos olhos?
-Porque é que a bola não entra na baliza da Dinamarca?
-Quantso portugueses jogam na selecção?
-
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Cornos
"Eu sou Vila Verde mas tive que vir trabalhar para as obras na Galiza. Em Portugal não se ganha dinheiro. Em Vila Verde, fartava-me de trabalhar e a minha mulher passava a vida a dizer que não via a ponto de um corno...Olhe, estou na Galiza há seis meses, e agora ela já vê dois".
(Testemunho, em discurso directo, de um operário de construção civil tentando mostrar que é melhor trabalhar na Galiza do que em Portugal).
(Testemunho, em discurso directo, de um operário de construção civil tentando mostrar que é melhor trabalhar na Galiza do que em Portugal).
domingo, 30 de agosto de 2009
sinhor inginheiro
Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou-bem
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramarEnganar/Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir/Encontrar
Mais força para lutar…
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar/A enganaro povo que acreditou
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar…
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou-bem
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramarEnganar/Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir/Encontrar
Mais força para lutar…
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar/A enganaro povo que acreditou
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar…
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Porque os beijos não são contratos
Y UNO APRENDE
Después de un tiempo,
uno aprende la sutil diferencia
entre sostener una mano
y encadenar un alma,
y uno aprende
que el amor no significa acostarse
y una compañía no significa seguridad
y uno empieza a aprender...
Que los besos no son contratos
y los regalos no son promesas
y uno empieza a aceptar sus derrotas
con la cabeza alta y los ojos abiertos
y uno aprende a construir
todos su
y uno aprende a construir
todos sus caminos en el hoy,
porque el terreno de mañana
es demasiado inseguro para planes...
y los futuros tienen una forma de
caerse en la mitad.
Y después de un tiempo
uno aprende que si es demasiado,
hasta el calorcito del sol quema.
Así que uno planta su propio jardín
y decora su propia alma,
en lugar de esperar a que alguien le traiga flores.
Y uno aprende que real
hasta el calorcito del sol quema.
Así que uno planta su propio jardín
y decora su propia alma,
en lugar de esperar a que alguien le traiga flores.
Y uno aprende que realmente puede aguantar,
que uno realmente es fuerte,
que uno realmente vale,
y uno aprende y aprende...
y con cada día uno aprende.
Jorge Luis Borges
Después de un tiempo,
uno aprende la sutil diferencia
entre sostener una mano
y encadenar un alma,
y uno aprende
que el amor no significa acostarse
y una compañía no significa seguridad
y uno empieza a aprender...
Que los besos no son contratos
y los regalos no son promesas
y uno empieza a aceptar sus derrotas
con la cabeza alta y los ojos abiertos
y uno aprende a construir
todos su
y uno aprende a construir
todos sus caminos en el hoy,
porque el terreno de mañana
es demasiado inseguro para planes...
y los futuros tienen una forma de
caerse en la mitad.
Y después de un tiempo
uno aprende que si es demasiado,
hasta el calorcito del sol quema.
Así que uno planta su propio jardín
y decora su propia alma,
en lugar de esperar a que alguien le traiga flores.
Y uno aprende que real
hasta el calorcito del sol quema.
Así que uno planta su propio jardín
y decora su propia alma,
en lugar de esperar a que alguien le traiga flores.
Y uno aprende que realmente puede aguantar,
que uno realmente es fuerte,
que uno realmente vale,
y uno aprende y aprende...
y con cada día uno aprende.
Jorge Luis Borges
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Coisas sobre férias que quero dizer ás minhas filhas
Meus amores
As férias são o melhor do mundo. Sobretudo as férias escolares na idade da inocência. Brincar, Sujar. Andar descalças. Trepar ás árvores. Comer a fruta directamente dos ramos. Sem lavar. E, se cair, dar um beijinho, e continuar a comer como manda a tradição. Esmurrar os joelhos e cotovelos. Pegar em gatos e cães. Jogar ao esconde-esconde, dançar o manel-tim-tim e a fitinha azul. Picar-se nas ortigas. Contar os aviões que atravessam o céu.
Esqueçam as horas. Isso é coisa de adultos. Que importa a televisão ou o computador? Apanhem sol. Apanhem chuva. Molhem-se e sequem-se ao sol.
Não se pode comparar o esforço de trepar a uma árvore com o prazer de estar lá em cima!
Comam amoras directamente das silvas sem ter medo de picar os dedos. Vistam qualquer coisa. Esqueçam as cores e a moda. As férias tanto são boas para correr com saias de tule como para saltar á corda com os melhores sapatos.
Aproveitem. Divirtam-se. Gozem as férias.
Tirai fotografias com a vossa mente e guardai-as no vosso coração. São as fotos mais resistentes. As que nunca se estragam. E que duram gerações.
Vá lá. Bora a brincar e a sentir o mundo como só as crianças sabem fazer.
Bora lá a cheirar a terra. A ver como são feitas as minhocas. O que existe dentro dos buracos das toupeiras. Como mexe o rabo da largatixa.
Meus amores mais preciosos, as férias são o melhor do mundo.
As férias são o melhor do mundo. Sobretudo as férias escolares na idade da inocência. Brincar, Sujar. Andar descalças. Trepar ás árvores. Comer a fruta directamente dos ramos. Sem lavar. E, se cair, dar um beijinho, e continuar a comer como manda a tradição. Esmurrar os joelhos e cotovelos. Pegar em gatos e cães. Jogar ao esconde-esconde, dançar o manel-tim-tim e a fitinha azul. Picar-se nas ortigas. Contar os aviões que atravessam o céu.
Esqueçam as horas. Isso é coisa de adultos. Que importa a televisão ou o computador? Apanhem sol. Apanhem chuva. Molhem-se e sequem-se ao sol.
Não se pode comparar o esforço de trepar a uma árvore com o prazer de estar lá em cima!
Comam amoras directamente das silvas sem ter medo de picar os dedos. Vistam qualquer coisa. Esqueçam as cores e a moda. As férias tanto são boas para correr com saias de tule como para saltar á corda com os melhores sapatos.
Aproveitem. Divirtam-se. Gozem as férias.
Tirai fotografias com a vossa mente e guardai-as no vosso coração. São as fotos mais resistentes. As que nunca se estragam. E que duram gerações.
Vá lá. Bora a brincar e a sentir o mundo como só as crianças sabem fazer.
Bora lá a cheirar a terra. A ver como são feitas as minhocas. O que existe dentro dos buracos das toupeiras. Como mexe o rabo da largatixa.
Meus amores mais preciosos, as férias são o melhor do mundo.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Sindrome do Vale do Ave
A avó insiste em perguntar ás netas o que é que elas querem ser "quando foram grandes".
Ontem perguntou á mais pequena. E ela, do alto dos seus seis anos, respondeu:
- Quero ser patroa...
A avó babada insistiu e perguntou porquê?
-Quero ser patroa para passar o dia nas lojas, a entrar e a sair, e a fazer compras.
Ontem perguntou á mais pequena. E ela, do alto dos seus seis anos, respondeu:
- Quero ser patroa...
A avó babada insistiu e perguntou porquê?
-Quero ser patroa para passar o dia nas lojas, a entrar e a sair, e a fazer compras.
sábado, 15 de agosto de 2009
Se...
Se a pessoas que amas se aproxima de ti cambaleante;
Se a pessoas que amas treme quando te vê;
Se a pessoa que amas arde na febre da paixão;
Se a pessoa que amas, transpira de alegria;
Se a pessoa que amas tem os lábios ardentes como brasas quando te beija;
Se a pessoa que amassente calafrios qunado te vê...
Cuidado.
Pode não ser amor. Pode ser a gripe A.
Se a pessoas que amas treme quando te vê;
Se a pessoa que amas arde na febre da paixão;
Se a pessoa que amas, transpira de alegria;
Se a pessoa que amas tem os lábios ardentes como brasas quando te beija;
Se a pessoa que amassente calafrios qunado te vê...
Cuidado.
Pode não ser amor. Pode ser a gripe A.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
As quotas e as franjas
Por este país, por estes distritos, concelhos e juntas de freguesia, milhares de mulheres vestem agora camisolas com o número três, seis e nove...
As quotas assim o obrigam, tranformando as listas eleitorais em listas de mulheres quase anónimas que entram agora na politica por força legal.
As apresentações das listas são deprimentes.
João de Deus Pinheiro não conhecia a número três da sua lista. Nem a seis. Nem a nove.
Ouvi o responsável por uma distrital dizer que, para fazer as listas para as legislativas, pediu a cada concelhia o nome de "dois militantes e uma mulher".
Fugiu-lhe a boca para a verdade.
Tal como aconteceu (e ainda acontece?) com os jovens do PP, conhecidos pelo uniforme de camisa ás riscas, mangas arregaçadas e cabelo 'àfodassse', as meninas das listas têm uma espécie de dress code.
Salvo raras e honrosas excepções, as meninas-quotas, têm medidas de modelo, vestem bem e, a cereja em cima do bolo, usam cabelos compridos e uma franja à Beatriz Costa.
Já nas eleições europeias, o Bloco de Esquerda apostou em caras bonitas, decoradas com franjas.
Nas legislativas a moda continua. Mas é triste...
As quotas assim o obrigam, tranformando as listas eleitorais em listas de mulheres quase anónimas que entram agora na politica por força legal.
As apresentações das listas são deprimentes.
João de Deus Pinheiro não conhecia a número três da sua lista. Nem a seis. Nem a nove.
Ouvi o responsável por uma distrital dizer que, para fazer as listas para as legislativas, pediu a cada concelhia o nome de "dois militantes e uma mulher".
Fugiu-lhe a boca para a verdade.
Tal como aconteceu (e ainda acontece?) com os jovens do PP, conhecidos pelo uniforme de camisa ás riscas, mangas arregaçadas e cabelo 'àfodassse', as meninas das listas têm uma espécie de dress code.
Salvo raras e honrosas excepções, as meninas-quotas, têm medidas de modelo, vestem bem e, a cereja em cima do bolo, usam cabelos compridos e uma franja à Beatriz Costa.
Já nas eleições europeias, o Bloco de Esquerda apostou em caras bonitas, decoradas com franjas.
Nas legislativas a moda continua. Mas é triste...
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Obras
As obras na minha rua são como o reino de Deus: não têm fim.
Primeiro, foi a casa em frente que esteve em obras. Comemos pó. Bebemos pó e não podiamos abrir as janelas durante o dia.
Depois foi o vizinho do lado. Obras. Marteladas. Música alta. E, claro, pó. Voltamos à reclusão das janelas fechadas.
Comemoramos o final das obras com um excelente espumante de alvarinho e fomos de férias.
Voltamos e quase não entramos em casa.
Em ano de eleições triplas, temos a rua completamente esburacada pela pior empresa de constrição civil de Portugal.
A ideia, será a de, segundo um operário, 'encanar a água da chuva'.
Mas a rua está um canho. Máquinas, homens, buracos, tubos, não há ponta por onde se lhe pegue.
Ontem, depois de tentar entrar na minha rua por todos os caminhos possiveis, acabei por estacionar longe e fui a pé para casa.
Pelo caminho, cruzo-me com os homens da obra, de cervejola na mão, escavadora atravessada na rua para garantir que ninguém passava, sentados à sombra.
-Então amigo (gosto sempre de chamar 'amigo' aos tipos da construção), como é? Já não posso entrar em casa?
-Tá ali uma placa a dizer trânsito proíbido...
-Excepto a moradores e eu sou moradora!
-Pois, olhe entre as 8 da manhã e as seis da tarde, ninguém passa. É hora de trabalho...
-Mas eu preciso de passar..
-Se a senhora trabalhasse não estava aqui a esta hora.
-E se o senhor trabalhasse não estava aí a emborcar cervejas e a obra já estava feita!
-Até parece que é engenheira...Olhe faça queixa na câmara...
E foi o que fiz. Mandei um email para a minha autarquia a explicar porque é que preciso de viver num hotel de 5 estrelas enquanto a minha rua estiver em obras...
Primeiro, foi a casa em frente que esteve em obras. Comemos pó. Bebemos pó e não podiamos abrir as janelas durante o dia.
Depois foi o vizinho do lado. Obras. Marteladas. Música alta. E, claro, pó. Voltamos à reclusão das janelas fechadas.
Comemoramos o final das obras com um excelente espumante de alvarinho e fomos de férias.
Voltamos e quase não entramos em casa.
Em ano de eleições triplas, temos a rua completamente esburacada pela pior empresa de constrição civil de Portugal.
A ideia, será a de, segundo um operário, 'encanar a água da chuva'.
Mas a rua está um canho. Máquinas, homens, buracos, tubos, não há ponta por onde se lhe pegue.
Ontem, depois de tentar entrar na minha rua por todos os caminhos possiveis, acabei por estacionar longe e fui a pé para casa.
Pelo caminho, cruzo-me com os homens da obra, de cervejola na mão, escavadora atravessada na rua para garantir que ninguém passava, sentados à sombra.
-Então amigo (gosto sempre de chamar 'amigo' aos tipos da construção), como é? Já não posso entrar em casa?
-Tá ali uma placa a dizer trânsito proíbido...
-Excepto a moradores e eu sou moradora!
-Pois, olhe entre as 8 da manhã e as seis da tarde, ninguém passa. É hora de trabalho...
-Mas eu preciso de passar..
-Se a senhora trabalhasse não estava aqui a esta hora.
-E se o senhor trabalhasse não estava aí a emborcar cervejas e a obra já estava feita!
-Até parece que é engenheira...Olhe faça queixa na câmara...
E foi o que fiz. Mandei um email para a minha autarquia a explicar porque é que preciso de viver num hotel de 5 estrelas enquanto a minha rua estiver em obras...
domingo, 2 de agosto de 2009
Doce
Primeiro, colher os pêssegos da árvore. Depois descascar a fruta. Pesar. Colocar numa panela de ferro e misturar o açucar e os paus de canela. Deixar cozer muito lentamente. Apreciar o cheiro. Mexer com uma colher de pau cheia de história. Lamber a colher para sentir o gosto do doce. Deixar cozer. Apreciar a cozedura com todos os sentidos despertos. Preparar os frascos. Colocar o doce biológico em frascos que serão depois distribuidos pore um número muito restrito de amigos. Lamber a panela de ferro com códeas de pão.
O meu nome é EM. Se eu podia viver sem o meu fogão a lenha? Podia, mas não era a mesma coisa.
O meu nome é EM. Se eu podia viver sem o meu fogão a lenha? Podia, mas não era a mesma coisa.
sábado, 1 de agosto de 2009
Culinária
Queridos amigos:
Estou farta. Não sou vossa mãe. Não sou vossa formadora. Não tenho culpa nenhuma do vosso pouco jeito. Não quero saber. Nem ai nem ui. Estou mesmo cheia de vos aturar.
Esta ideia de que a Emília está ali para nos ajudar, acabou. Desenrasquem-se. Comprem refeições congeladas. Vão ao restaurante. Telefonem para a telepizza.
Não quero saber de engates ou de conquistas 'pelo estômago'.
Não escrevi nenhum livro de culinária nem pretendo escrever.
Já vos dei a receita da Bola de Carne umas 400 vezes a cada um. Já vos ensinei a fazer arroz de frutos secos vezes sem conta. Idem aspas para o arroz de legumes.
Já vos expliquei a técnica de enrolar a carne para fazer carne assada. Já fiz um desenho sobre como estufar alguma coisa. Ninguém se pode queixar de não saber assar lombinhos de peixe com molho de marisco.
Ai de quem disser que não ensinei a rechear um frango ou um perú.
Acabou.
Suspeito que, em vez de uma amiga, v. excelências, pensam que sou um livro de culinária falante e sempre contactável.
E sim, L. esta é para ti: nunca, mas nunca mais na p. da vida me ligues a um sábado, ás dez da manhã, a perguntar se a cebola do refogado deve ficar lúcida ou translúcida!
E sim, também é verdade o que ouviram dizer, não faço mais bolas de carne para ninguém.
Comam sushi que é mais saudável e párem de me perguntar como se faz empadão de legumes.
Estou farta. Não sou vossa mãe. Não sou vossa formadora. Não tenho culpa nenhuma do vosso pouco jeito. Não quero saber. Nem ai nem ui. Estou mesmo cheia de vos aturar.
Esta ideia de que a Emília está ali para nos ajudar, acabou. Desenrasquem-se. Comprem refeições congeladas. Vão ao restaurante. Telefonem para a telepizza.
Não quero saber de engates ou de conquistas 'pelo estômago'.
Não escrevi nenhum livro de culinária nem pretendo escrever.
Já vos dei a receita da Bola de Carne umas 400 vezes a cada um. Já vos ensinei a fazer arroz de frutos secos vezes sem conta. Idem aspas para o arroz de legumes.
Já vos expliquei a técnica de enrolar a carne para fazer carne assada. Já fiz um desenho sobre como estufar alguma coisa. Ninguém se pode queixar de não saber assar lombinhos de peixe com molho de marisco.
Ai de quem disser que não ensinei a rechear um frango ou um perú.
Acabou.
Suspeito que, em vez de uma amiga, v. excelências, pensam que sou um livro de culinária falante e sempre contactável.
E sim, L. esta é para ti: nunca, mas nunca mais na p. da vida me ligues a um sábado, ás dez da manhã, a perguntar se a cebola do refogado deve ficar lúcida ou translúcida!
E sim, também é verdade o que ouviram dizer, não faço mais bolas de carne para ninguém.
Comam sushi que é mais saudável e párem de me perguntar como se faz empadão de legumes.
terça-feira, 28 de julho de 2009
200 euros??? ufa
Vou só ali fazer mais uma filha e já venho...
http://www.ionline.pt/conteudo/15610-ps-promete-200-euros-recem-nascido
Vão sem mim que eu vou lá ter..
http://www.ionline.pt/conteudo/15610-ps-promete-200-euros-recem-nascido
Vão sem mim que eu vou lá ter..
Se faz favor...
Está uma jornalista a trabalhar, a questionar o senhor ministro da solidariedade, roedada de outros jornalistas e imensos transeuntes e toca insistentemente o telemóvel.
-Sim...
-Olhe eu queria falar com uma jornalista.
-Pode falar, eu sou jornalista.
-Não, quero falar com uma jornalista do Jornal de Notícias.
-Quem fala?
-Sou uma pessaoa que vivo na rua ..., junto a uma fábrica que faz barulho dia e noite e noite e não deixa ninguém dormir por isso preciso de falar com uma jornalista.
-E está a ligar-me por isso?
-Não. Estou a ligar porque preciso de falar com uma jornalista.
-Sim, mas eu sou jornalista!
-Mas eu quero falar com uma jornalista a sério, do Jornal de Noticias.
Estiquei o braço, de telemóvel em riste, na frente de toda a gente, e entreguei o bicho à minha colega, jornalista do Jornal de noticias.
-Sim...
-Olhe eu queria falar com uma jornalista.
-Pode falar, eu sou jornalista.
-Não, quero falar com uma jornalista do Jornal de Notícias.
-Quem fala?
-Sou uma pessaoa que vivo na rua ..., junto a uma fábrica que faz barulho dia e noite e noite e não deixa ninguém dormir por isso preciso de falar com uma jornalista.
-E está a ligar-me por isso?
-Não. Estou a ligar porque preciso de falar com uma jornalista.
-Sim, mas eu sou jornalista!
-Mas eu quero falar com uma jornalista a sério, do Jornal de Noticias.
Estiquei o braço, de telemóvel em riste, na frente de toda a gente, e entreguei o bicho à minha colega, jornalista do Jornal de noticias.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
...mais um degrau a caminho do inferno...
Que Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo me perdoe, mas que raio estaria a fazer o Papa Bento XVI para partir o pulso direito?
quinta-feira, 23 de julho de 2009
O galo
O meu vizinho tem um galo. Uma espécie de galo de Barcelos mas ao contrário. O de Barcelos cantou depois de morto. Este só se cala depois de me ver morta.
A minha luta com o galo e com o dono é antiga.
Entre os prazeres de viver no campo, não estava o ter que ouvir todas-as-madrugadas o Pavarotti a cantar. Enerva. Irrita. Chateia. É impossivel acordar bem disposta com o raio do galo a cantar um infindavel cocorócocó.
Já tentei comprar o galo. Ofereci uma fortuna pelo bicho. Sem sucesso. É um animal de estimação que não tem preço, que o vizinho não vende e que, de acordo com o dono, "há-de morrer de morte morrida".
Putaquepariu o galo. Já não sou defensora dos animais. Quero criar um movimento tipo "Morte ao Galo" ou então a Confraria do Galo, defensora de todos os pratos que incluam galo entre os ingredientes.
Esta manhã, por exemplo. Seis horas a bater e o galo a aparecer.
Pior que o sino da igreja. Pior que os gritinhos da Michelle de Brito. Não há quem aguente o bicho.
Em desespero, fui novamente falar com o meu simpático vizinho. Quero comprar o galo. Quero comprar aquele galo. Já vou nos 30 euros e o homem não se decide.
Parti para a luta. Avisei que chamava a GNR, que tenho amigos a trabalhar na TVI e no Correio da Manhã. Falei alto e usei palavras caras só para impressionar o homem.
Sem efeito.
Um dia destes, lá estou eu, em horário nobre, a cuspir para cima do Goucha o meu ódio ao galo.
Ou isso ou um hospital psiquiatrico.
A minha luta com o galo e com o dono é antiga.
Entre os prazeres de viver no campo, não estava o ter que ouvir todas-as-madrugadas o Pavarotti a cantar. Enerva. Irrita. Chateia. É impossivel acordar bem disposta com o raio do galo a cantar um infindavel cocorócocó.
Já tentei comprar o galo. Ofereci uma fortuna pelo bicho. Sem sucesso. É um animal de estimação que não tem preço, que o vizinho não vende e que, de acordo com o dono, "há-de morrer de morte morrida".
Putaquepariu o galo. Já não sou defensora dos animais. Quero criar um movimento tipo "Morte ao Galo" ou então a Confraria do Galo, defensora de todos os pratos que incluam galo entre os ingredientes.
Esta manhã, por exemplo. Seis horas a bater e o galo a aparecer.
Pior que o sino da igreja. Pior que os gritinhos da Michelle de Brito. Não há quem aguente o bicho.
Em desespero, fui novamente falar com o meu simpático vizinho. Quero comprar o galo. Quero comprar aquele galo. Já vou nos 30 euros e o homem não se decide.
Parti para a luta. Avisei que chamava a GNR, que tenho amigos a trabalhar na TVI e no Correio da Manhã. Falei alto e usei palavras caras só para impressionar o homem.
Sem efeito.
Um dia destes, lá estou eu, em horário nobre, a cuspir para cima do Goucha o meu ódio ao galo.
Ou isso ou um hospital psiquiatrico.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Uma gaja
Uma gaja chega de férias e percebe que precisa de ir de férias outra vez, mas sozinha.
Uma gaja passou sete tardes (sete!) a tentar dormir a sesta mas debalde.
Uma gaja passou as férias a água e sumo sem direito uma caipirinha, sequer.
Uma gaja constatou a veracidade da máxima teológica ' Deus é grande mas a piscina é pequena'.
Uma gaja tentou banhar-se no mar mas acabou por molhar apenas os pezinhos.
Uma gaja ficou com a certeza de que genéticamente tende para a riqueza.
Uma gaja não vai mais de férias sem ama para as crianças e sem uma caixa de xanax.
Uma gaja passou sete tardes (sete!) a tentar dormir a sesta mas debalde.
Uma gaja passou as férias a água e sumo sem direito uma caipirinha, sequer.
Uma gaja constatou a veracidade da máxima teológica ' Deus é grande mas a piscina é pequena'.
Uma gaja tentou banhar-se no mar mas acabou por molhar apenas os pezinhos.
Uma gaja ficou com a certeza de que genéticamente tende para a riqueza.
Uma gaja não vai mais de férias sem ama para as crianças e sem uma caixa de xanax.
terça-feira, 14 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Voltou a normalidade
Eu e os códigos, as palavras-chave, as senhas e as chaves em geral temos uma relação muito conflituosa. Não sei o número da matricula de nenhum carro. Nem o número do bilhete de identidade e, muito menos, o número de contribuinte.
Na verdade, nem o meu código postal sei. E sempre que tenho que dizer o meu número de telemóvel a alguém, defendo-me sempre que o aparelho é novo e lá vou eu à agenda ver o número.
Mesmo as datas de nascimento da prol oferecem certas dificuldades. E códigos do cartão multibanco? ups, é melhor nem falar....
E tudo isto para explicar a ausência de desabafos neste puta de crise.
Para evitar números, optei por usar como palavras-chave nomes de politicos.
Sim, sim, é verdade. Também podia ter usado nomes de perfumes, de marcas de comida, etc, etc. Mas foram os politicos os visados.
Eis que, um dia, tento entrar no blogue e não consigo. Cavaco Silva? errado. José Socrates? errado. Mário Lino? errado. Caraças. Qual terá ido o raio do politico que me dá entrada no fabuloso mundo dos blogues???
Andei semanas nisto. Tentei com os nomes mais estranhos, tipo Mariano Gago, Mário Soares, Manuela Ferreira Leite.
Nada. Nadinha.
Estava já na fase de luto do blogue quando vejo um ministro a fazer corninhos na assembleia da republica.
Será que a senha é Manuel Pinho?? Era.
A normalidade foi reposta.
Voltei!
Na verdade, nem o meu código postal sei. E sempre que tenho que dizer o meu número de telemóvel a alguém, defendo-me sempre que o aparelho é novo e lá vou eu à agenda ver o número.
Mesmo as datas de nascimento da prol oferecem certas dificuldades. E códigos do cartão multibanco? ups, é melhor nem falar....
E tudo isto para explicar a ausência de desabafos neste puta de crise.
Para evitar números, optei por usar como palavras-chave nomes de politicos.
Sim, sim, é verdade. Também podia ter usado nomes de perfumes, de marcas de comida, etc, etc. Mas foram os politicos os visados.
Eis que, um dia, tento entrar no blogue e não consigo. Cavaco Silva? errado. José Socrates? errado. Mário Lino? errado. Caraças. Qual terá ido o raio do politico que me dá entrada no fabuloso mundo dos blogues???
Andei semanas nisto. Tentei com os nomes mais estranhos, tipo Mariano Gago, Mário Soares, Manuela Ferreira Leite.
Nada. Nadinha.
Estava já na fase de luto do blogue quando vejo um ministro a fazer corninhos na assembleia da republica.
Será que a senha é Manuel Pinho?? Era.
A normalidade foi reposta.
Voltei!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Bocage já não sou...
E tive que ir eu à Universidade Lusíada para ficar a saber que o Bocage, esse grande malandro autor de poemas porco-eróticos, é também o autor de fabulosos poemas à Virgem Maria, cantados nas igrejas e tudo....
Bem, as coisas ca gente aprende!
Bem, as coisas ca gente aprende!
terça-feira, 12 de maio de 2009
Filha de peixe
A rapariga mais nova cá de casa foi fazer um visita de estudo.
Em Vila do Conde, visitou o museu da ciência viva ou algo parecido.
À noite, pergunto eu:
"Então moça, correu bem o passeio?"
"Não foi passeio, foi visita de estudo"
"E correu bem? De que é gostaste mais?"
"Foi bom, vimos umas coisas com água e um senhor disse-nos que tinhamos que poupar água. Mas o que eu gostei mesmo, mesmo, foi dos panados que tu fizeste".
E pronto, espero que a gaja hoje não escreva isso na tradicional redacção após visita de estudo.
Em Vila do Conde, visitou o museu da ciência viva ou algo parecido.
À noite, pergunto eu:
"Então moça, correu bem o passeio?"
"Não foi passeio, foi visita de estudo"
"E correu bem? De que é gostaste mais?"
"Foi bom, vimos umas coisas com água e um senhor disse-nos que tinhamos que poupar água. Mas o que eu gostei mesmo, mesmo, foi dos panados que tu fizeste".
E pronto, espero que a gaja hoje não escreva isso na tradicional redacção após visita de estudo.
(Eu sei que tu sabes que eu sei aquilo que tu sabes. Mas não penses que vou escrever aqui, no meio desta puta de crise, nada sobre o fabuloso, extrordinário, magnífico, grande, belo, único Futebol Clube do Porto. Só te digo, mais uma vez, assim se vê a força do fê cê pê. E lembra-te, eu sei que tu sabes que eu sei aquilo que tu sabes).
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Principio de E. Monteiro
Após apurados estudos empiríco-racionais aqui fica uma conclusão ciêntifica, indiscutivel e absolutamente verdadeira.
Sinto-me quase como como G. Galileu.
Princípio de E. Monteiro:
"A dimensão da felicidade de uma família é proporcional à dimensão dos sofás existentes na casa onde habita".
Verdade?
Sinto-me quase como como G. Galileu.
Princípio de E. Monteiro:
"A dimensão da felicidade de uma família é proporcional à dimensão dos sofás existentes na casa onde habita".
Verdade?
segunda-feira, 4 de maio de 2009
BO
Tenho uma amiga poloca. Nasceu na Polónia. Vive na Polónia e, como também é jornalista, de vez em quando, encontramo-nos algures, por aí, no mundo.
A minha amiga pouco ou nada conhece de Portugal.
Como nem liga muito a futebol nem sequer identifica, á primeira, o Cristiano Ronaldo, o Figo ou o Eusébio.
A economia mundial fez com que conhece os supermercados portugueses que se instalaram na Polónia, o vinho do Porto e nada mais que isso.
Hoje, mandou-me um mail, toda contente, a falar do Bo.
O Bo? Quem raio é o Bo?
O Bo, o cão de água português que vive na casa branca com a família Obama é um sucesso na polónia.
Quer até que eu (que nada percebo de cães para além da minha cadela Laica), lhe diga algumas coisas sobre o bicho para ela colocar numa noticia que está a fazer.
Fiz uma pesquisa na net. O BO é o português mais conhecido, neste momento, no mundo.
PQP. Portugal conhecido por causa de um cão?
Ele é fotografias na Hola, na Super-interessante brasileira, na Caras de todo o mundo e, agora, até na Polónia???
BO, faz a tua parte, pelo menos ladra em português....
A minha amiga pouco ou nada conhece de Portugal.
Como nem liga muito a futebol nem sequer identifica, á primeira, o Cristiano Ronaldo, o Figo ou o Eusébio.
A economia mundial fez com que conhece os supermercados portugueses que se instalaram na Polónia, o vinho do Porto e nada mais que isso.
Hoje, mandou-me um mail, toda contente, a falar do Bo.
O Bo? Quem raio é o Bo?
O Bo, o cão de água português que vive na casa branca com a família Obama é um sucesso na polónia.
Quer até que eu (que nada percebo de cães para além da minha cadela Laica), lhe diga algumas coisas sobre o bicho para ela colocar numa noticia que está a fazer.
Fiz uma pesquisa na net. O BO é o português mais conhecido, neste momento, no mundo.
PQP. Portugal conhecido por causa de um cão?
Ele é fotografias na Hola, na Super-interessante brasileira, na Caras de todo o mundo e, agora, até na Polónia???
BO, faz a tua parte, pelo menos ladra em português....
terça-feira, 28 de abril de 2009
Coisas que me deprimem
Uma gaja/aluna, adormeceu, esta tarde, durante uma formação que eu estava a dar.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Crise
Querido Deus,
no meio de tanta crise económica, social, de valores e de estupores. Entre tantas gripes aviárias, asiáticas, africanas, suínas e simples gripes ditas normais. Com guerras frias e quentes, com bombas, com misseis, com pedras, com nervos, guerras civis, nacionais e internacionais. No meio de empresas a fechar, malta a roubar, pedintes, sopa dos pobres, lojas sem clientes, professores em greve. Com acidentes de carro, companhias aéreas a falir, comboios em greve, a gasolina a aumentar. Entre um clima completamente doido que deu cabo de séculos e séculos de provérbios populares tipo "A chuva de Fevereiro mata a mãe ao soalheiro' e "Em abril, águas mil", entre secas, inundações, tufões, neves e geadas...
Querido Deus,
Pode parecer fútil, mas é muito importante.
Por favor mantem intacto o Deserto de Atacama, no Chile. Pelo menos, até eu ter dinheiro para ir conhecer o lugar mais belo do mundo e concretizar o sonho de uma vida.
no meio de tanta crise económica, social, de valores e de estupores. Entre tantas gripes aviárias, asiáticas, africanas, suínas e simples gripes ditas normais. Com guerras frias e quentes, com bombas, com misseis, com pedras, com nervos, guerras civis, nacionais e internacionais. No meio de empresas a fechar, malta a roubar, pedintes, sopa dos pobres, lojas sem clientes, professores em greve. Com acidentes de carro, companhias aéreas a falir, comboios em greve, a gasolina a aumentar. Entre um clima completamente doido que deu cabo de séculos e séculos de provérbios populares tipo "A chuva de Fevereiro mata a mãe ao soalheiro' e "Em abril, águas mil", entre secas, inundações, tufões, neves e geadas...
Querido Deus,
Pode parecer fútil, mas é muito importante.
Por favor mantem intacto o Deserto de Atacama, no Chile. Pelo menos, até eu ter dinheiro para ir conhecer o lugar mais belo do mundo e concretizar o sonho de uma vida.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Sono dos justos
Uma filha operada de urgência. Várias noites no hospital. Uma cadeira reclinável para 'dormir' e canalha a chorar por todo o lado. Foram assim os meus últimos dias.
A criança está melhor, obrigado, já está em casa. Mas, esta mãe, dificilmente voltará ao seu--escasso--equilibrio mental.
Foram muitas horas sem dormir. Muito choro. Muitas incertezas. Muita canalha à volta. Muito alcool inalado. Muitas agulhas, soros, remédios e demasiadas batas brancas.
Estava (estou) de tal forma cansada que, enquanto eu e a minha criança esperavamos que o cirurgião nos desse alta clínica, decidi sentar-me numa cadeira e relaxar um bocadinho com o sol a bater-me no rosto.
Adormeci.
Acordei passadas duas horas. A minha filha, já vestida mas ainda deitada na cama, olha para mim.
"Mamã, o doutor disse que quando tu acordares podemos ir embora", diz ela.
Meia atordoada, perguntei-lhe:
"Então o médico vem cá e ninguém me acorda?"
"O doutor viu a minha cicatriz, passou a receita dos remédios e escreveu ai umas cartas para levar para o pediatra e para a enfermeira e depois, olhou para ti, e disse que toda a gente estava proíbida de te acordar".
O cirurgião, um jovem médico, é realmente um médico a sério. Sabe de medicina e sabe da vida.
Quando uma mãe 'desmaia' de sono, é porque já não aguenta mais, já não tem mais força para ouvir nem para ver.
O médico fez o melhor que sabia: cuidou da filha, deixou dormir a mãe e proibiu qualquer um de interromper o re-encontro que eu estava a ter comigo própria.
A criança está melhor, obrigado, já está em casa. Mas, esta mãe, dificilmente voltará ao seu--escasso--equilibrio mental.
Foram muitas horas sem dormir. Muito choro. Muitas incertezas. Muita canalha à volta. Muito alcool inalado. Muitas agulhas, soros, remédios e demasiadas batas brancas.
Estava (estou) de tal forma cansada que, enquanto eu e a minha criança esperavamos que o cirurgião nos desse alta clínica, decidi sentar-me numa cadeira e relaxar um bocadinho com o sol a bater-me no rosto.
Adormeci.
Acordei passadas duas horas. A minha filha, já vestida mas ainda deitada na cama, olha para mim.
"Mamã, o doutor disse que quando tu acordares podemos ir embora", diz ela.
Meia atordoada, perguntei-lhe:
"Então o médico vem cá e ninguém me acorda?"
"O doutor viu a minha cicatriz, passou a receita dos remédios e escreveu ai umas cartas para levar para o pediatra e para a enfermeira e depois, olhou para ti, e disse que toda a gente estava proíbida de te acordar".
O cirurgião, um jovem médico, é realmente um médico a sério. Sabe de medicina e sabe da vida.
Quando uma mãe 'desmaia' de sono, é porque já não aguenta mais, já não tem mais força para ouvir nem para ver.
O médico fez o melhor que sabia: cuidou da filha, deixou dormir a mãe e proibiu qualquer um de interromper o re-encontro que eu estava a ter comigo própria.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
CR7
Não posso dizer palavrões.
Não posso dizer palavrões.
Não posso escrever palavrões.
Mas, mesmo assim, alguém me explica porque raio de órgão fálico masculino é que Cristiano Ronaldo só não marca golos quando joga na selecção nacional????
Não posso dizer palavrões.
Não posso escrever palavrões.
Mas, mesmo assim, alguém me explica porque raio de órgão fálico masculino é que Cristiano Ronaldo só não marca golos quando joga na selecção nacional????
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Jardim demasiado zen
Cheia de ver ervas no lugar de flores e plantas, meti mãos à obra.
Fui a um horto e comprei quase tudo.
Adubos, metros de relva, plantas aromáticas, chás, florzinhas...
Ao fazer a conta, disse ao funcionário: "Já agora também levava dois vazos de haxixe, por favor".
Diligentemente, o funcionário saiu de trás do balcão e foi espreitar umas plantas.
Mexeu, remexeu e voltou de mãos a abanar.
"Não de haxixe não temos, Confundi com outra planta", diz o homem muito profissional.
E continuou: "Se quiser encomendar para a semana já cá está"!
A minha dúvida é esta, será que o homem sabe o que é haxixe? Será que gozou descaradamente comigo? Será que me vai entregar à policia?
Fui a um horto e comprei quase tudo.
Adubos, metros de relva, plantas aromáticas, chás, florzinhas...
Ao fazer a conta, disse ao funcionário: "Já agora também levava dois vazos de haxixe, por favor".
Diligentemente, o funcionário saiu de trás do balcão e foi espreitar umas plantas.
Mexeu, remexeu e voltou de mãos a abanar.
"Não de haxixe não temos, Confundi com outra planta", diz o homem muito profissional.
E continuou: "Se quiser encomendar para a semana já cá está"!
A minha dúvida é esta, será que o homem sabe o que é haxixe? Será que gozou descaradamente comigo? Será que me vai entregar à policia?
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Pipocas
A minha santa mãe não fala estrangeiro. Por isso tem algumas dificulades em pronunciar palavras que não sejam portuguesas.
Freeport, apesar de nome comercial, não lhe entra no vocabulário.
Diz que está cheia de ouvir falar no caso "pipocas".
"As noticias são sobre o 'pipocas' o Socrates e as 'pipocas'. Estou cheia de ouvir sempre o mesmo", diz.
E a minha mãe, do alto dos seus quase 80 anos e sem falar estrangeiro, tem razão.
Isto é mesmo um caso de pipocas, com milho a 'rebentar' por todo o lado.
Freeport, apesar de nome comercial, não lhe entra no vocabulário.
Diz que está cheia de ouvir falar no caso "pipocas".
"As noticias são sobre o 'pipocas' o Socrates e as 'pipocas'. Estou cheia de ouvir sempre o mesmo", diz.
E a minha mãe, do alto dos seus quase 80 anos e sem falar estrangeiro, tem razão.
Isto é mesmo um caso de pipocas, com milho a 'rebentar' por todo o lado.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Semântica
Uma coisa é falar de desemprego, escrever sobre a crise e trocar ideias sobre soluções.
Outra coisa, é o desemprego bater à porta da nossa casa e entrar.
Outra coisa, é o desemprego bater à porta da nossa casa e entrar.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Puta de Crise
Para além dos sinais evidentes de uma situação de crise financeira, há aqueles mais disfarçados, camuflados, que vão surgindo aqui e ali.
Agora, os carrinhos, cadeirinhas e utensilios de bebés já não se dão aos amigos. Vendem-se.
Ora façam o favor de reparar nas páginas de anuncios dos jornais...
Agora, os carrinhos, cadeirinhas e utensilios de bebés já não se dão aos amigos. Vendem-se.
Ora façam o favor de reparar nas páginas de anuncios dos jornais...
sábado, 14 de março de 2009
Como organizar uma manifestação
1º - Os preparativos
Não, ninguém pense que é na base do amadorismo que se fazem manifestações e protestos.
O ajuntamento popular, o alevantamento espontâneo, a "luta continua" e "em cada esquina uma amigo", estão absolutamente ultrapassados.
Primeiro sensibiliza-se o povo, fazem-se convites e apelos. Põe-se uma carrinha a percorrer caminhos e vielas, de altifalante avariado, a debitar frases tipo "grande concentração em Lisboa contra o governo de corruptos". E pronto tá lançado o mote.
Fazem-se as inscrições, a viagem é grátis e sempre se vai a Lisboa.
Marca-se o ponto de encontro, a camioneta chega. Primeiro entram os farneis e depois os manifestantes.
A cada um é entregue um papel com o número do autocarro em que viajam e alguns números de telemóveis, para o caso de alguém se perder.
A malta vai, para a fazer chichi e comer qualquer coisita, volta a embarcar na camioneta e espera aí Lisboa que já estamos quase a chegar.
2º - A manifestação propriamente dita
A camioneta estaciona a cinco quilómetros do inicio da manif o que não dá muito jeito à terceira idade mas, pronto, se tem que ser assim, a malta vai.
De papel com o número do autocarro e com os telemóveis na mão, é dada a primeira indicação.
Vão todos atrás deste pano, primeiro as mulheres e depois os homens porque assim não há maneira de ninguém se perder.
O pano, esse objecto fundamental para qualquer protesto, dirá algo tipo "emprego sim, desemprego não", "a luta continua, governo para a rua", "trabalhadores de Braga solidários com Setúbal" (ao contrário, também fica bem) ou até slogans mais suaves como "Ermesinde a concelho" ou "Palestina Livre".
3º - As palavras de ordem
Convém, neste ponto, fazer um aparte para dizer que, com 200 mil pessoas a desfilar, é impossível conseguir que todas gritem as mesmas palavras de ordem ao mesmo tempo.
Assim, enquanto no início da marcha, se gritava "a luta continua", a meio, dizia-se "assim não pode ser trabalhar sem receber" e no final "25 deAbril sempre, fascismo nunca mais".
"Sócrates escuta, os professores estão em luta", "Sócrates escuta, os reformados estão em luta", Sócrates escuta, os estudantes estão em luta" ou algo completamente diferente, tipo, "Sócrates escuta, os trabalhadores estão em luta", foram das frases mais ouvidas.
Um verdadeiro hino à poesia popular, à arte da rima e uma sentida homenagem a António Aleixo e até, porque não, a Manuel Alegre que escreveu "O fado dos contentores".
4º - O regresso
Ai o regresso. Que saudades que eu já tenho de ouvir o povo e de caminhar dez quilómetros.
A festa contnua na camioneta. Que nunca se cale o rádio e que ninguém tire os sapatos.
Depois da meia-noite, a malta está em casa. Contente. Pronta para outra. Embora considere que o Sócrates até e "jeitosinho", que a culpa da crise é "dos americanos" e que a Ferreira Leite, essa sim, "é um desastre".
Não, ninguém pense que é na base do amadorismo que se fazem manifestações e protestos.
O ajuntamento popular, o alevantamento espontâneo, a "luta continua" e "em cada esquina uma amigo", estão absolutamente ultrapassados.
Primeiro sensibiliza-se o povo, fazem-se convites e apelos. Põe-se uma carrinha a percorrer caminhos e vielas, de altifalante avariado, a debitar frases tipo "grande concentração em Lisboa contra o governo de corruptos". E pronto tá lançado o mote.
Fazem-se as inscrições, a viagem é grátis e sempre se vai a Lisboa.
Marca-se o ponto de encontro, a camioneta chega. Primeiro entram os farneis e depois os manifestantes.
A cada um é entregue um papel com o número do autocarro em que viajam e alguns números de telemóveis, para o caso de alguém se perder.
A malta vai, para a fazer chichi e comer qualquer coisita, volta a embarcar na camioneta e espera aí Lisboa que já estamos quase a chegar.
2º - A manifestação propriamente dita
A camioneta estaciona a cinco quilómetros do inicio da manif o que não dá muito jeito à terceira idade mas, pronto, se tem que ser assim, a malta vai.
De papel com o número do autocarro e com os telemóveis na mão, é dada a primeira indicação.
Vão todos atrás deste pano, primeiro as mulheres e depois os homens porque assim não há maneira de ninguém se perder.
O pano, esse objecto fundamental para qualquer protesto, dirá algo tipo "emprego sim, desemprego não", "a luta continua, governo para a rua", "trabalhadores de Braga solidários com Setúbal" (ao contrário, também fica bem) ou até slogans mais suaves como "Ermesinde a concelho" ou "Palestina Livre".
3º - As palavras de ordem
Convém, neste ponto, fazer um aparte para dizer que, com 200 mil pessoas a desfilar, é impossível conseguir que todas gritem as mesmas palavras de ordem ao mesmo tempo.
Assim, enquanto no início da marcha, se gritava "a luta continua", a meio, dizia-se "assim não pode ser trabalhar sem receber" e no final "25 deAbril sempre, fascismo nunca mais".
"Sócrates escuta, os professores estão em luta", "Sócrates escuta, os reformados estão em luta", Sócrates escuta, os estudantes estão em luta" ou algo completamente diferente, tipo, "Sócrates escuta, os trabalhadores estão em luta", foram das frases mais ouvidas.
Um verdadeiro hino à poesia popular, à arte da rima e uma sentida homenagem a António Aleixo e até, porque não, a Manuel Alegre que escreveu "O fado dos contentores".
4º - O regresso
Ai o regresso. Que saudades que eu já tenho de ouvir o povo e de caminhar dez quilómetros.
A festa contnua na camioneta. Que nunca se cale o rádio e que ninguém tire os sapatos.
Depois da meia-noite, a malta está em casa. Contente. Pronta para outra. Embora considere que o Sócrates até e "jeitosinho", que a culpa da crise é "dos americanos" e que a Ferreira Leite, essa sim, "é um desastre".
sábado, 7 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Escola da vida
Anda a uma gaja de formação em formação, de curso em curso para depois ir ao tribunal e perceber não sabe nada da vida.
A sério. Há toda uma semântica de linguagem, uma génese gramatical e um linguajar de cariz raro que só a vida nos pode ensinar.
Ontem, em frente ao tribunal onde Pinto da Costa e Carolina Salgado participaram num julgamento, aprendi mais em meia hora do que em 37 anos de vida.
Não com o Pinto da Costa, a quem o povo tratava por presidente e acarinhava.
Mas com a Carolina....
A senhora, que por acaso é da minha terra, foi presenteada com expressões de tal forma univocas que, por si só, mereciam uma tese de mestrado.
Aliás, já li teses de douturamento com menos interesse.
A bem dizer, "puta" foi o nome mais suave que lhe chamaram.
Desde "Vaca", "brochista", "Boia" (o feminino de boi), "Seba" (porca grande, velha e gorda), de tudo se ouviu.
Curiosamente, eram só mulheres as que atacavam Carolina. Uma delas deu-lhe um valente estalo não por causa de árbitros ou do FCP, mas sim porque ela, a Carolina, "se tinha metido debaixo do marido".
Importa dizer que a senhora que lhe assapou com uma valente lostra, pondera avançar com um processo contra Carolina Salgado por ela lhe ter "partido as unhas de gel".
Neste contexto, comigo em quase estado de choque, ainda tive tempo para ouvir uma senhora, bem posta, de salta alto e madeixas loiras, mandar a ex-companheira de Pinto da Costa ir "jogar à bola para dentro da cona da mãe dela".
Estou ainda a tentar perceber a dinâmica desta última afirmação e , sobretudo, entender como é que se pode jogar à bola dentro de uma coisa tão pequena.
A sério. Há toda uma semântica de linguagem, uma génese gramatical e um linguajar de cariz raro que só a vida nos pode ensinar.
Ontem, em frente ao tribunal onde Pinto da Costa e Carolina Salgado participaram num julgamento, aprendi mais em meia hora do que em 37 anos de vida.
Não com o Pinto da Costa, a quem o povo tratava por presidente e acarinhava.
Mas com a Carolina....
A senhora, que por acaso é da minha terra, foi presenteada com expressões de tal forma univocas que, por si só, mereciam uma tese de mestrado.
Aliás, já li teses de douturamento com menos interesse.
A bem dizer, "puta" foi o nome mais suave que lhe chamaram.
Desde "Vaca", "brochista", "Boia" (o feminino de boi), "Seba" (porca grande, velha e gorda), de tudo se ouviu.
Curiosamente, eram só mulheres as que atacavam Carolina. Uma delas deu-lhe um valente estalo não por causa de árbitros ou do FCP, mas sim porque ela, a Carolina, "se tinha metido debaixo do marido".
Importa dizer que a senhora que lhe assapou com uma valente lostra, pondera avançar com um processo contra Carolina Salgado por ela lhe ter "partido as unhas de gel".
Neste contexto, comigo em quase estado de choque, ainda tive tempo para ouvir uma senhora, bem posta, de salta alto e madeixas loiras, mandar a ex-companheira de Pinto da Costa ir "jogar à bola para dentro da cona da mãe dela".
Estou ainda a tentar perceber a dinâmica desta última afirmação e , sobretudo, entender como é que se pode jogar à bola dentro de uma coisa tão pequena.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Paixão
A paixão é algo que se mistura com o sangue e corre nas veias. Entre os glóbulos brancos e os vermelhos, existem também uns micro-seres, que nos fazem andar nas nuvens, ter conversas aparvalhadas, dar beijinhos nas mãos e no pescoço, dançar agarradinhos, fazer festinhas no cabelo e mandar mails ou mensagens que, em outras circunstâncias, seriam ridiculas.
A paixão tira-nos a fome e o sono. Muda-nos a linguagem. Começamos a usar os "inhos" e as "inhas", tipo amorzinho, queridinho e outros que tais.
A paixão é um êxtase, um estado semi-comatoso onde pouco nos interessa a não ser a pessoa por quem estamos apaixonados.
A paixão, ai a paixão, é ficarmos a olhar para o vazio, para o céu ou para os carros a passar e achar que estamos a ver a mais bela paisagem do mundo.
É dormir enroscadinhos. É ficar apaixonado pelo cheiro, pelo respirar e pelo piscar dos olhos da pessoa que amamos.
A paixão faz-nos cógegas na barriga e no coração.
Depois da paixão, vem o amor. Também ele belo, bom e bonito mas muito mais tranquilo.
Tenho um amigo que anda assim: com um formigueiro no corpo todo. A contar os dias.
A paixão é o melhor do mundo. Aproveita. Esquece os temores de que podes parecer ridiculo. Exagera. Inventa palavras. Faz um concurso a ver quem gosta mais de quem.
Não escondas o sorriso de quem viu passarinhos verdes e adorou.
Aproveita. Vive tudo a que tens direito. Não aceites nada pela metade. Hiberna se for preciso.
Não a deixes fugir. O mundo é vosso.
Aproveita e sê, muito, muito, feliz.
A paixão tira-nos a fome e o sono. Muda-nos a linguagem. Começamos a usar os "inhos" e as "inhas", tipo amorzinho, queridinho e outros que tais.
A paixão é um êxtase, um estado semi-comatoso onde pouco nos interessa a não ser a pessoa por quem estamos apaixonados.
A paixão, ai a paixão, é ficarmos a olhar para o vazio, para o céu ou para os carros a passar e achar que estamos a ver a mais bela paisagem do mundo.
É dormir enroscadinhos. É ficar apaixonado pelo cheiro, pelo respirar e pelo piscar dos olhos da pessoa que amamos.
A paixão faz-nos cógegas na barriga e no coração.
Depois da paixão, vem o amor. Também ele belo, bom e bonito mas muito mais tranquilo.
Tenho um amigo que anda assim: com um formigueiro no corpo todo. A contar os dias.
A paixão é o melhor do mundo. Aproveita. Esquece os temores de que podes parecer ridiculo. Exagera. Inventa palavras. Faz um concurso a ver quem gosta mais de quem.
Não escondas o sorriso de quem viu passarinhos verdes e adorou.
Aproveita. Vive tudo a que tens direito. Não aceites nada pela metade. Hiberna se for preciso.
Não a deixes fugir. O mundo é vosso.
Aproveita e sê, muito, muito, feliz.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
BCP
Eu que nem sou gaja de fazer contas, estou angustiada.
Vi na net que, hoje, cada acção do Banco Comercial Português (BCP) custa 56 cêntimos. Uma coisinha, tão mínima, tão mínima que me deixou na dúvida:
Compro o Público ou lanço uma OPA contra o BCP?
Vi na net que, hoje, cada acção do Banco Comercial Português (BCP) custa 56 cêntimos. Uma coisinha, tão mínima, tão mínima que me deixou na dúvida:
Compro o Público ou lanço uma OPA contra o BCP?
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Eu não conheço esta mulher...
Depois de ler o jornal, comento com a minha progenitora:
-Olha, dois assaltantes a bancos foram condenados a vinte anos de cadeia.
Responde ela:
- Que bom para o Sócrates. São menos dois desempregados com que tem que se preocupar.
E mainada.
-Olha, dois assaltantes a bancos foram condenados a vinte anos de cadeia.
Responde ela:
- Que bom para o Sócrates. São menos dois desempregados com que tem que se preocupar.
E mainada.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Sai uma medalha de ouro para a menina do jipe...
Esta manhã bati o meu recorde. Se eu fosse amiga de algum jornalista, até lhe dava esta informação para fazer uma noticia.
Até ás 11.30 da manhã, fui multada duas vezes.
Uma pela Policia Municipal de Guimarães, imagino eu, por não pagar o estacionamento. A outra foi mesmo pela grande Brigada de Trânsito, alegadamente, por execesso de velocidade.
Pelo sim e pelo não, já arquivei os dois papelinhos no caixote do lixo.
Até ás 11.30 da manhã, fui multada duas vezes.
Uma pela Policia Municipal de Guimarães, imagino eu, por não pagar o estacionamento. A outra foi mesmo pela grande Brigada de Trânsito, alegadamente, por execesso de velocidade.
Pelo sim e pelo não, já arquivei os dois papelinhos no caixote do lixo.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Música
Com toda a certezinha, no meu jipe é que esta merda não toca!
http://www.eurovision.tv/index/main
ainda se fosse o toni carreira....
http://www.eurovision.tv/index/main
ainda se fosse o toni carreira....
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Há dias assim (II)
há dias e Há dias. Dias bons. Dias maus. Dias putaqueospariu. Dias inesquecíveis. Dias sem manhãs de sol e dias em que a manhã se estende até que seja noite escura.
Um dia, hoje, conheci um homem que está sem emprego há 923 dias.
Um dia, hoje, conheci uns pais que vão amanhã sepultar a filha de 16 anos.
Um dia, hoje, é sexta-feira, dia 13. Dia em que todos os diabos andam à solta.
Um dia, hoje, conheci um homem de 70 anos que está a aprender a "mexer" no computador para poder falar com os netos que foram "obrigados" a emigrar para a Suiça.
Um dia, hoje, ofereceram-me dois belos postais por ser véspera do dia dos namorados.
Um dia, hoje, comprei chocolate preto para oferecer a um homem que tudo merece.
há dias em que me apetece dormir por três dias. Sem interrupções.
há dias...
Um dia, hoje, conheci um homem que está sem emprego há 923 dias.
Um dia, hoje, conheci uns pais que vão amanhã sepultar a filha de 16 anos.
Um dia, hoje, é sexta-feira, dia 13. Dia em que todos os diabos andam à solta.
Um dia, hoje, conheci um homem de 70 anos que está a aprender a "mexer" no computador para poder falar com os netos que foram "obrigados" a emigrar para a Suiça.
Um dia, hoje, ofereceram-me dois belos postais por ser véspera do dia dos namorados.
Um dia, hoje, comprei chocolate preto para oferecer a um homem que tudo merece.
há dias em que me apetece dormir por três dias. Sem interrupções.
há dias...
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Dúvida
Senhoras,
Senhores,
Professores,
Doutores,
Catedráticos,
Mestres,
Engenheiros,
Auto-didactas,
Linguístas,
Armantes em geral:
Qual é o feminimo de furacão?
Obrigado
Senhores,
Professores,
Doutores,
Catedráticos,
Mestres,
Engenheiros,
Auto-didactas,
Linguístas,
Armantes em geral:
Qual é o feminimo de furacão?
Obrigado
Semelhanças
A minha mente não faz o que eu mando. Definitivamente. Tem vida própria.
Os meus neurónios são uns estardalhos que passam a vida a envergonhar-me.
Hoje tive que fazer uma noticia sobre uma empresa que se chama 'Fio de Cetim'.
Acreditem, de todas as vezes que me referiu ao raio da fábrica chamei-lhe 'fio dental'.
Que vergonha.
Os meus neurónios são uns estardalhos que passam a vida a envergonhar-me.
Hoje tive que fazer uma noticia sobre uma empresa que se chama 'Fio de Cetim'.
Acreditem, de todas as vezes que me referiu ao raio da fábrica chamei-lhe 'fio dental'.
Que vergonha.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Pessoa, Fernando
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes
mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa
do mundo, e posso evitar que vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recêndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa
do mundo, e posso evitar que vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recêndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Milagre!
Não sei se é uma milagre da fé, da ciência ou da física. Ou até mesmo de todas as áreas juntas.
O meu cartão multibanco esteve seis dias dentro de um saco com peixe, na arca congeladora e...bingo...continua a funcionar.
Vou acender uma vela.
O meu cartão multibanco esteve seis dias dentro de um saco com peixe, na arca congeladora e...bingo...continua a funcionar.
Vou acender uma vela.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Três doentes, uma cama
A minha enorme cama é, desde ontem, um espaço comunitário onde eu e as minhas descendentes curtimos a mocada de uma bela gripe.
Almofadas, lenços, ben-u-ron, água, mais água, soro, alguns livros e um termómetro fazem parte dos acessórios decorativos.
"Mãe, chega-me a água"
"Bebe, está aí ao teu lado"
"Mãe, chega-me a água"
"Bebe, está mesmo aí ao teu lado"
"Ó mãe, eu disse por favor"
"Caraças, a água está aí. Bebe"
"Olha tu estas-te a esquecer que és mãe. Estamos todas doentes mas tu és a nossa mãe, tens que tratar de nós".
Bingo. Em cheio. Levantei-me, tomei dois comprimidos amigos, e bute a tratar das cachopas.
Aprende mãe que estas filhas são do piorio.
Almofadas, lenços, ben-u-ron, água, mais água, soro, alguns livros e um termómetro fazem parte dos acessórios decorativos.
"Mãe, chega-me a água"
"Bebe, está aí ao teu lado"
"Mãe, chega-me a água"
"Bebe, está mesmo aí ao teu lado"
"Ó mãe, eu disse por favor"
"Caraças, a água está aí. Bebe"
"Olha tu estas-te a esquecer que és mãe. Estamos todas doentes mas tu és a nossa mãe, tens que tratar de nós".
Bingo. Em cheio. Levantei-me, tomei dois comprimidos amigos, e bute a tratar das cachopas.
Aprende mãe que estas filhas são do piorio.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Com licença
Suas excelências dão-me licença para proferir cinco palavrinhas?
Sim? Posso? Não se importam? Então cá vai:
PUTA QUE PARIU A CHUVA!
Obrigado. Estou muito melhor. Até já me esqueci da crise.
Sim? Posso? Não se importam? Então cá vai:
PUTA QUE PARIU A CHUVA!
Obrigado. Estou muito melhor. Até já me esqueci da crise.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Ena, tanta piada!!
Um adepto do Sporting chega a uma loja de material desportivo e depara-se com uma infinidade de camisolas de clubes de futebol. Só não via a do seu clube.
Meio acanhado, pergunta ao vendedor:
- Quanto custa a camisola do Real Madrid?
- 40 € - E a do Manchester?
- Essa custa 50 €
- E a do Porto?
- Oh meu amigo... Essa é a mais cara da loja por se tratar do melhor clube do mundo, e custa 65 €.
Aí, o pobre arrisca:
- Você não tem aí a camisola do Sporting?
- Tenho sim. Está do outro lado, na prateleira das liquidações e custa 9,50 €.
- Irra!!! Só 9,50 €???!!!
- É uma promoção para liquidação de stock, essas porcarias não se vendem...
- Então dê-me uma - e estendeu uma nota de 10 €.
O vendedor vai à caixa registadora, coça a cabeça e meio atrapalhado diz:
- Desculpe, mas não tenho trocos. Quer levar uma camisola do Benfica para completar os 10 €?
Meio acanhado, pergunta ao vendedor:
- Quanto custa a camisola do Real Madrid?
- 40 € - E a do Manchester?
- Essa custa 50 €
- E a do Porto?
- Oh meu amigo... Essa é a mais cara da loja por se tratar do melhor clube do mundo, e custa 65 €.
Aí, o pobre arrisca:
- Você não tem aí a camisola do Sporting?
- Tenho sim. Está do outro lado, na prateleira das liquidações e custa 9,50 €.
- Irra!!! Só 9,50 €???!!!
- É uma promoção para liquidação de stock, essas porcarias não se vendem...
- Então dê-me uma - e estendeu uma nota de 10 €.
O vendedor vai à caixa registadora, coça a cabeça e meio atrapalhado diz:
- Desculpe, mas não tenho trocos. Quer levar uma camisola do Benfica para completar os 10 €?
sábado, 31 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
As crianças estavam animadas. Estavam tão animadas que até fizeram uma peça de teatro onde escreveram o texto, fizeram os figurinos e actuaram.
Numa breve sinopse da peça, com um texto assoberbadamente fabuloso, cheio de preciosismos de linguagem e com diversos recursos ás mais variadas figuras de estilo, as crianças mostraram que o mundo não é exactamente como nós o vemos. É pior!
A peça conta a história de três borboletas que andam a passear num jardim. O dono do jardim era o Cristinano Ronaldo. O Cristiano Ronaldo não gostava de borboletas, foi atrás delas, apanhou-as e comeu-as. Fim.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
primeira imagem
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
O amor pelo futebol
O amor pelo futebol é um amor estranho. Há o amor platónico como o que temos pelo FCP ou pelo Benfica, em que, mesmo à distância, ficamos felizes com as vitórias e tristes com as derrotas; e depois há o amor de proximidade, que nos liga ao clube da nossa terra. É assim com o Grupo Desportivo de Joane e com os outros clubes de outras terras, mesmo que joguem nos campeonatos regionais, na terceira divisão ou no torneio de solteiros contra casados.
O amor pelo futebol é um amor tolo. Faça chuva ou faça sol, lá vamos nós onde for preciso. De Monção a Bragança. Passando por aquela terra onde o diabo perdeu as botas, lá vão os adeptos do clube. Porque o amor é mesmo assim e precisamos de estar na bancada a bater palmas, a festejar os golos e a chorar as derrotas, ou a chamar nomes á família do árbitro.
O amor pelo futebol é um amor puro. Puro no sentido de que nada mais esperamos dele do que a alegria de ganhar um jogo. De ouvir um amigo a gritar dezenas de vezes “Jooooaaaannnneee” e de nunca ficar rouco. É este amor pelo clube que nos leva aos estádios, a falar com conhecidos e desconhecidos, a conhecer pessoas, a brincar com crianças, a fazer festinhas a bebés e a partilhar o lanche com outros adeptos como nós.
O amor pelo futebol é um amor “atolambado”. Por um clube, quase que conhecemos as estradas de todo um país. Temos bandeiras e cachecóis. Atrasamo-nos a pagar as quotas, mas depois voltamos a pôr as contas em dia. Zangamo-nos com os jogadores, mas fazemos as pazes no domingo seguinte. O clube está sem direcção mas acreditamos que alguém virá e que o nosso clube nunca, mas nunca, irá acabar.
O amor pelo futebol é um amor resistente. Aconteça o que acontecer, estamos lá na próxima oportunidade. Prontos para outra, mesmo que doridos por dentro. Citando o escritor Miguel Esteves Cardoso, até me apetece dizer que “o amor é fodido”.
(Dedicado, com amor, ao Victor que, aos dez anos, morreu num acidente de viação quando ía ver o Joane jogar e aos país, feridos com gravidade no mesmo acidente).
O amor pelo futebol é um amor tolo. Faça chuva ou faça sol, lá vamos nós onde for preciso. De Monção a Bragança. Passando por aquela terra onde o diabo perdeu as botas, lá vão os adeptos do clube. Porque o amor é mesmo assim e precisamos de estar na bancada a bater palmas, a festejar os golos e a chorar as derrotas, ou a chamar nomes á família do árbitro.
O amor pelo futebol é um amor puro. Puro no sentido de que nada mais esperamos dele do que a alegria de ganhar um jogo. De ouvir um amigo a gritar dezenas de vezes “Jooooaaaannnneee” e de nunca ficar rouco. É este amor pelo clube que nos leva aos estádios, a falar com conhecidos e desconhecidos, a conhecer pessoas, a brincar com crianças, a fazer festinhas a bebés e a partilhar o lanche com outros adeptos como nós.
O amor pelo futebol é um amor “atolambado”. Por um clube, quase que conhecemos as estradas de todo um país. Temos bandeiras e cachecóis. Atrasamo-nos a pagar as quotas, mas depois voltamos a pôr as contas em dia. Zangamo-nos com os jogadores, mas fazemos as pazes no domingo seguinte. O clube está sem direcção mas acreditamos que alguém virá e que o nosso clube nunca, mas nunca, irá acabar.
O amor pelo futebol é um amor resistente. Aconteça o que acontecer, estamos lá na próxima oportunidade. Prontos para outra, mesmo que doridos por dentro. Citando o escritor Miguel Esteves Cardoso, até me apetece dizer que “o amor é fodido”.
(Dedicado, com amor, ao Victor que, aos dez anos, morreu num acidente de viação quando ía ver o Joane jogar e aos país, feridos com gravidade no mesmo acidente).
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Entusiasmo
Na missa:
-Ó mãe tu não vais buscar a hóstia?
-Não.
-Mas tu não disseste que te ias "entusiasmar" com o padre?
Entusiasmar=confessar
-Ó mãe tu não vais buscar a hóstia?
-Não.
-Mas tu não disseste que te ias "entusiasmar" com o padre?
Entusiasmar=confessar
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Sim, nós pudemos
Estou a preparar uma mega festa de despedida para G. Bush. Ele não vem, mas vem gente boa, gente fixe, amigos capazes de beber um copo na hora do adeus aos mais idota presidente dos estates de todo o sempre.
Temos cartazes, bandeiras e um portefólio com as mais brilhantes anedotas sobre Bush e outro com uma refinada selecção das asneiras ditas pelo homem.
Há comida e bebida e há motivo para comemoração. Não porque Obama seja um santo ou tenha os poderes do Bruxo de Fafe, mas porque trás uma nova luz ao mundo.
Ele, que é negro, vai ocupar a casa, que é branca.
Sim, eu acredito que podemos melhorar o mundo.
E, mais logo, quando estivermos a escurrupichar o copo de champanhe alvarinho, vamos brindar a coisas tão importantes como o cão português de Obama e os cavalos portugueses que Bush tem no rancho, no Texas.
Há milhares de pessoas em todo o mundo a brindar a um mundo melhor.
Yes, we can.
Temos cartazes, bandeiras e um portefólio com as mais brilhantes anedotas sobre Bush e outro com uma refinada selecção das asneiras ditas pelo homem.
Há comida e bebida e há motivo para comemoração. Não porque Obama seja um santo ou tenha os poderes do Bruxo de Fafe, mas porque trás uma nova luz ao mundo.
Ele, que é negro, vai ocupar a casa, que é branca.
Sim, eu acredito que podemos melhorar o mundo.
E, mais logo, quando estivermos a escurrupichar o copo de champanhe alvarinho, vamos brindar a coisas tão importantes como o cão português de Obama e os cavalos portugueses que Bush tem no rancho, no Texas.
Há milhares de pessoas em todo o mundo a brindar a um mundo melhor.
Yes, we can.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Trolhice
E vem um dia de sol e agaja que é gaja pensa: tá um belo dia para vestir uma saia!
Prontos. Sai castanha, bota castanha, meia preta e lá vai esta gaja rua fora feliz por estar contente.
Eis que, do nada, reparo que fizeram a vontade aos Delfins e soltaram os prisioneiros.
Prisioneiros, trolheiros, taxisteiros, jabardeiros e afins, tudo na rua a mandar piropos e a sorrisos malandros.
Que os pariu a todos.
Prontos. Sai castanha, bota castanha, meia preta e lá vai esta gaja rua fora feliz por estar contente.
Eis que, do nada, reparo que fizeram a vontade aos Delfins e soltaram os prisioneiros.
Prisioneiros, trolheiros, taxisteiros, jabardeiros e afins, tudo na rua a mandar piropos e a sorrisos malandros.
Que os pariu a todos.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Cai neve em Joane
Está a nevar! Muito. Parecem pipocas a cair do céu. Está tudo branquinho e é lindo.
Esta mãe já decidiu que vai buscar as filhas á escola ao meio dia e vamos todas para a neve...
olarilolela
Esta mãe já decidiu que vai buscar as filhas á escola ao meio dia e vamos todas para a neve...
olarilolela
domingo, 4 de janeiro de 2009
Verdade?
O meu computador está-me a enganar, ou o Benfica perdeu dois secos com esse grande clube que é o Trofense??
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Parabéns
A minha filha Margarida faz hoje nove aninhos. E faz hoje, curiosamente, nove aninhos que eu a pari.
É tão linda a minha filha. Linda em todos os aspectos. Educada. Inteligente. Calma. Sem stresse.
A minha filha não é linda porque é minha. A minha filha é linda porque é uma menina como não há igual.
Está a crescer muito depressa. Tão depressa que me parece que não a consigo acompanhar.
Quer ser vegetariana. Recusa comer carne ao almoço e, ao jantar come carne ou peixe porque é obrigada. Diz que não come animais mortos, que é um nojo e que deviamos ter vergonha.
Não mata bichichos, nem minhocas, nem formigas, nem aranhas.
Faz ioga.
A minha filha Margarida é muito à frente. Tão à frente que, muitas vezes, não sei como lidar com ela.
E hoje faz anos. E eu que sou mãe dela, e dona deste estabelecimento, quero que toda a gente saiba como a minha filha Margarida é uma menina especial.
É tão linda a minha filha. Linda em todos os aspectos. Educada. Inteligente. Calma. Sem stresse.
A minha filha não é linda porque é minha. A minha filha é linda porque é uma menina como não há igual.
Está a crescer muito depressa. Tão depressa que me parece que não a consigo acompanhar.
Quer ser vegetariana. Recusa comer carne ao almoço e, ao jantar come carne ou peixe porque é obrigada. Diz que não come animais mortos, que é um nojo e que deviamos ter vergonha.
Não mata bichichos, nem minhocas, nem formigas, nem aranhas.
Faz ioga.
A minha filha Margarida é muito à frente. Tão à frente que, muitas vezes, não sei como lidar com ela.
E hoje faz anos. E eu que sou mãe dela, e dona deste estabelecimento, quero que toda a gente saiba como a minha filha Margarida é uma menina especial.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Compras on-line
Pois, pois, a falta de tempo é lixada. A malta adere às compras on-line, com entrega ao domicílio, e poupa tempo e dinheiro. Ás vezes.
As últimas duas vezes que fiz compras no Continente on-line, transformei-me em motivo de chacota da família e de amigos a quem o meu querido sócio decidiu contar o feito.
Uma vez, queria comprar um quilo de maçãs bravo Esmolfe e, afinal, comprei à unidade. Recebi em casa, devidamente embalada, uma maçã não o quilo que queria comprar.
Esta semana foi pior. Por artes mágicas, encomendei dez, repito, dez caixas de cevada Pensal.
Eu, que nem bebo Pensal...
Já dei frascos a alguns amigos e aproveito para convidar todos os conhecidos a tomar uma caneca de Pensal cá em casa. Em ofereço a cevada e a água. Ok, também podem contar com o açúcar.
Para os devidos efeitos, oficialmente, comprei o Pensal porque estava com uma GRANDE promoção...
As últimas duas vezes que fiz compras no Continente on-line, transformei-me em motivo de chacota da família e de amigos a quem o meu querido sócio decidiu contar o feito.
Uma vez, queria comprar um quilo de maçãs bravo Esmolfe e, afinal, comprei à unidade. Recebi em casa, devidamente embalada, uma maçã não o quilo que queria comprar.
Esta semana foi pior. Por artes mágicas, encomendei dez, repito, dez caixas de cevada Pensal.
Eu, que nem bebo Pensal...
Já dei frascos a alguns amigos e aproveito para convidar todos os conhecidos a tomar uma caneca de Pensal cá em casa. Em ofereço a cevada e a água. Ok, também podem contar com o açúcar.
Para os devidos efeitos, oficialmente, comprei o Pensal porque estava com uma GRANDE promoção...
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