quarta-feira, 4 de março de 2009

Escola da vida

Anda a uma gaja de formação em formação, de curso em curso para depois ir ao tribunal e perceber não sabe nada da vida.
A sério. Há toda uma semântica de linguagem, uma génese gramatical e um linguajar de cariz raro que só a vida nos pode ensinar.
Ontem, em frente ao tribunal onde Pinto da Costa e Carolina Salgado participaram num julgamento, aprendi mais em meia hora do que em 37 anos de vida.
Não com o Pinto da Costa, a quem o povo tratava por presidente e acarinhava.
Mas com a Carolina....
A senhora, que por acaso é da minha terra, foi presenteada com expressões de tal forma univocas que, por si só, mereciam uma tese de mestrado.
Aliás, já li teses de douturamento com menos interesse.
A bem dizer, "puta" foi o nome mais suave que lhe chamaram.
Desde "Vaca", "brochista", "Boia" (o feminino de boi), "Seba" (porca grande, velha e gorda), de tudo se ouviu.
Curiosamente, eram só mulheres as que atacavam Carolina. Uma delas deu-lhe um valente estalo não por causa de árbitros ou do FCP, mas sim porque ela, a Carolina, "se tinha metido debaixo do marido".
Importa dizer que a senhora que lhe assapou com uma valente lostra, pondera avançar com um processo contra Carolina Salgado por ela lhe ter "partido as unhas de gel".
Neste contexto, comigo em quase estado de choque, ainda tive tempo para ouvir uma senhora, bem posta, de salta alto e madeixas loiras, mandar a ex-companheira de Pinto da Costa ir "jogar à bola para dentro da cona da mãe dela".

Estou ainda a tentar perceber a dinâmica desta última afirmação e , sobretudo, entender como é que se pode jogar à bola dentro de uma coisa tão pequena.

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