Quando alguém me falar em crise, corrupção e miséria vou manda-lo/a ir à Bulgária.
De ano para ano, o país está pior. As pessoas estão mais tristes, mais feias, mais desinteressadas.
As lojas estão quase vazias e ver um supermercado com as prateleiras cheias de nada não é uma visão agradável.
Sem dinheiro, sem emprego e sem esperança, os bulgaros (apenas na cidade de Sófia vive um milhão e meio de pessoas) refugiam-se no álcool.
É absolutamente deprimente andar pelas ruas de Sófia e ver novos e velhos, bêbados, caídos no chão.
Não há comida. Há bebida.
Desta vez, fiz uma nova descoberta: os táxis seguros.
Um novo conceito de táxis que, muito mais caros que os vulgares carros amarelinhos, são blindados. E é vê-los à porta dos hotéis sempre a receber clientes.
A população bulgara sofreu novo revés quando a União Europeia decidiu suspender a transferência de verbas para sete áreas consideradas fundamentais para o desevolvimento do pais.
O problema, diz é a UE, é a máfia e a corrupção que estaria a "tomar conta" dos euros enviados de Bruxelas.
E o futuro de um país está refém de uns quantos que pretendem, por todos os meios, tomar de assalto a economia e a politica.
Até que regresse a normalidade, não pretendo voltar à Bulgária.
Até que a UE ou alguém por ela, auxile a Bulgária a voltar à normalidade, as prateleiras vão continuar vazias e o álcool continuará a ser o pequeno almoço, o almoço e o jantar de um povo que, na falta de antidepressivos, esquece as mágoas num copo de Rakia.
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