segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A queda.

Não, não foi a queda de Salazar. Nem a queda da Bolsa. Nem a Queda de um Anjo. Nem sequer foi um erro ortográfico onde o "d" substituiu, acidentalmente, um "c".
Foi mesmo uma queda. Um trambolão. Um tombo. Um espalhanço.
E, de tão ridicula que foi a queda, não há ninguém que tenha pena das minhas mazelas e que não ria ao imaginar a situação.
Foi assim: eu não sabia o caminho para chegar a casa de uma pessoa e um dos meus compadres ofereceu-se para me levar lá. Desde que eu não fosse a conduzir, é claro.
Fomos no carro dele. Chegamos. Ele estacionou. Eu abro a porta. Saio e pimba, caio num enorme fosso destinado água da chuva.
Por entre gemidos meus, meias rasgadas, tacão partido, arranhões múltiplos e muita humilhação, oiço o meu rico compadre a chamar por mim, aflito.
Finalmente, quando me descobre dentro do fosso, desata a rir como se eu fosse o Zé Carlos e ele o director da Sic..
"Eu estava-te a ver e, de repente, tu desapareces", diz o homem por entre gargalhadas.
Quem me conhece e sabe do meu volume que imagine o tamanho do buraco onde caí...

2 comentários:

Ana disse...

Rica prima...

Tenho a certeza que foi uma queda, mas conhecendo-te como conheço, foi uma queda com classe, com direito a todos os extras...

atribodofutebol disse...

Sempre em grande Emília. Não páras de surpreender. Queda e água faz lembrar o naufráfio do Porto na Figueira...