terça-feira, 28 de abril de 2009

Coisas que me deprimem

Uma gaja/aluna, adormeceu, esta tarde, durante uma formação que eu estava a dar.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Crise

Querido Deus,

no meio de tanta crise económica, social, de valores e de estupores. Entre tantas gripes aviárias, asiáticas, africanas, suínas e simples gripes ditas normais. Com guerras frias e quentes, com bombas, com misseis, com pedras, com nervos, guerras civis, nacionais e internacionais. No meio de empresas a fechar, malta a roubar, pedintes, sopa dos pobres, lojas sem clientes, professores em greve. Com acidentes de carro, companhias aéreas a falir, comboios em greve, a gasolina a aumentar. Entre um clima completamente doido que deu cabo de séculos e séculos de provérbios populares tipo "A chuva de Fevereiro mata a mãe ao soalheiro' e "Em abril, águas mil", entre secas, inundações, tufões, neves e geadas...

Querido Deus,

Pode parecer fútil, mas é muito importante.
Por favor mantem intacto o Deserto de Atacama, no Chile. Pelo menos, até eu ter dinheiro para ir conhecer o lugar mais belo do mundo e concretizar o sonho de uma vida.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sono dos justos

Uma filha operada de urgência. Várias noites no hospital. Uma cadeira reclinável para 'dormir' e canalha a chorar por todo o lado. Foram assim os meus últimos dias.
A criança está melhor, obrigado, já está em casa. Mas, esta mãe, dificilmente voltará ao seu--escasso--equilibrio mental.
Foram muitas horas sem dormir. Muito choro. Muitas incertezas. Muita canalha à volta. Muito alcool inalado. Muitas agulhas, soros, remédios e demasiadas batas brancas.
Estava (estou) de tal forma cansada que, enquanto eu e a minha criança esperavamos que o cirurgião nos desse alta clínica, decidi sentar-me numa cadeira e relaxar um bocadinho com o sol a bater-me no rosto.
Adormeci.
Acordei passadas duas horas. A minha filha, já vestida mas ainda deitada na cama, olha para mim.
"Mamã, o doutor disse que quando tu acordares podemos ir embora", diz ela.
Meia atordoada, perguntei-lhe:
"Então o médico vem cá e ninguém me acorda?"
"O doutor viu a minha cicatriz, passou a receita dos remédios e escreveu ai umas cartas para levar para o pediatra e para a enfermeira e depois, olhou para ti, e disse que toda a gente estava proíbida de te acordar".
O cirurgião, um jovem médico, é realmente um médico a sério. Sabe de medicina e sabe da vida.
Quando uma mãe 'desmaia' de sono, é porque já não aguenta mais, já não tem mais força para ouvir nem para ver.
O médico fez o melhor que sabia: cuidou da filha, deixou dormir a mãe e proibiu qualquer um de interromper o re-encontro que eu estava a ter comigo própria.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

CR7

Não posso dizer palavrões.
Não posso dizer palavrões.
Não posso escrever palavrões.
Mas, mesmo assim, alguém me explica porque raio de órgão fálico masculino é que Cristiano Ronaldo só não marca golos quando joga na selecção nacional????

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Jardim demasiado zen

Cheia de ver ervas no lugar de flores e plantas, meti mãos à obra.
Fui a um horto e comprei quase tudo.
Adubos, metros de relva, plantas aromáticas, chás, florzinhas...
Ao fazer a conta, disse ao funcionário: "Já agora também levava dois vazos de haxixe, por favor".
Diligentemente, o funcionário saiu de trás do balcão e foi espreitar umas plantas.
Mexeu, remexeu e voltou de mãos a abanar.
"Não de haxixe não temos, Confundi com outra planta", diz o homem muito profissional.
E continuou: "Se quiser encomendar para a semana já cá está"!
A minha dúvida é esta, será que o homem sabe o que é haxixe? Será que gozou descaradamente comigo? Será que me vai entregar à policia?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pipocas

A minha santa mãe não fala estrangeiro. Por isso tem algumas dificulades em pronunciar palavras que não sejam portuguesas.
Freeport, apesar de nome comercial, não lhe entra no vocabulário.
Diz que está cheia de ouvir falar no caso "pipocas".
"As noticias são sobre o 'pipocas' o Socrates e as 'pipocas'. Estou cheia de ouvir sempre o mesmo", diz.
E a minha mãe, do alto dos seus quase 80 anos e sem falar estrangeiro, tem razão.
Isto é mesmo um caso de pipocas, com milho a 'rebentar' por todo o lado.